Da Redação
A Bronca Popular
Todos os políticos exaltam a defesa da democracia e o respeito à vontade soberana do eleitor expressa pelo voto. Esse discurso, porém, é muitas vezes apenas formal, pois, na prática, boa parte dos perdedores rangem os dentes e torcem pelo fracasso dos eleitos — escolhidos pelo povo por meio do sufrágio.
Em Várzea Grande, cidade de contrastes sociais marcantes e dominada há quase um século por uma única família, a eleição da advogada Flávia Moretti (PL) para prefeita mexeu com os brios, o orgulho, a vaidade e os interesses financeiros e políticos de um grupo acostumado a permanecer à sombra do poder.
Esse grupo, sem pudor e escrúpulo, aproveita o contexto das multas aplicadas a Moretti por suposta disseminação de fake news durante o processo eleitoral para articular nos bastidores a cassação da chapa vencedora ou a invalidação do diploma da prefeita eleita e de seu vice, Tião da Zaeli.
A tentativa é acintosa e reflete o desespero da turma retirada da prefeitura pelo voto popular.
É evidente que a justiça eleitoral não se prestará ao papel subalterno de contrariar a soberania popular tentando cassar Flávia Moretti. Em uma democracia, o poder se conquista pelo voto, e o “tapetão” é coisa do passado.
Em Várzea Grande, sem segundo turno, o povo já decidiu que Moretti governará pelos próximos quatro anos.
Usar como exemplo o caso do deputado estadual Fernando Francischini, que teve o mandato cassado por divulgar fake news, é de uma impertinência colossal. São casos distintos, em contextos diferentes, e que não apresentam a menor semelhança.
Fonte: abroncapopular