Temer defende “grande pacto nacional” com possibilidade de “anistia do passado”


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Na terça-feira (20), o ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu que o próximo presidente eleito se disponha a pacificar o país e monte um grande pacto nacional para reconstituir o Brasil.

A declaração foi feita por ele durante o evento E Agora, Brasil? promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, em São Paulo (SP).

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro disse que, se não for reeleito, “voltaria para casa”.

Segundo Temer, isso poderia significar a hipótese de “anistia do passado”: “O ideal seria fazer um grande pacto nacional, como aconteceu na Espanha. E quem for eleito chama a oposição, os 27 governadores eleitos, os chefes de poderes e organizações da sociedade civil para trabalhar até a posse. Quero ver quem se oporia a isso. As pessoas respirariam aliviadas. Isso seria o ideal”.

Entretanto, Temer disse que se não houver esse pacto “não sabe dizer” qual será o destino dele [Bolsonaro].

“Quando falo nesse pacto de pacificação, estou imaginando que seria verificado, se houver anistia, o que é anistiável e o que não é. Mas seria um gesto de harmonia no país”, afirmou Temer, respondendo a uma pergunta sobre se o Brasil não corre o risco de se tornar um país que não pune eventuais crimes cometidos por seus governantes.

Temer lembrou o princípio constitucional da paz quando falou em anistia: “A Constituição é pautada pela paz”

O ex-presidente disse que a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, vai servir como vacina para o Brasil.

“Isso serve como vacina. Aqui haverá a mesma coisa? O exemplo dos EUA serve como exemplo negativo. Não façam isso porque podem ser processados”, alertou Temer.

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