Eles surgiram no Brasil por volta de 1700, e se mostram relevantes e essenciais para o desenvolvimento da sociedade. O primeiro grande deles, Real Theatro São João, no Rio de Janeiro, foi inclusive palco da assinatura da primeira Constituição brasileira. Em Mato Grosso, o Teatro Universitário, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), também se apresenta como uma pérola para as artes cênicas, musicais e até mesmo para o campo das ciências.
Inaugurado no dia 22 de janeiro de 1982, o Teatro presenteou a população da baixada cuiabana, começando com a peça “Macunaíma”, de Antunes Filho, que teve como convidada especial a atriz Tônia Carrero. De lá para cá, diversas produções nacionais e internacionais também marcaram presença, e atualmente o espaço segue com agenda aberta para 2023, de modo contínuo.
O pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) da UFMT, e também maestro da Orquestra Sinfônica da UFMT, Fabrício Carvalho, destaca a importância do Teatro Universitário como uma grande casa da cultura e das artes. “Inicialmente fomos o primeiro do Estado com estrutura para acolher os artistas e plateia. O Teatro, principalmente depois da última reforma, em 2014, apresenta características únicas e específicas para montagens de grandes produções que exijam cenários, acústica, iluminação e outros “, destaca.
O palco é o lugar onde todo artista quer e precisa estar, diz a maestra do Coral da UFMT, Dorit Kolling. Para ela, são inúmeras as memórias que o Teatro Universitário traz, tanto como artista, maestra do Coral UFMT, quanto apreciadora de arte.
“Como espectadora, consigo lembrar de shows do Projeto Pixinguinha, e de diversos artistas locais, como esquecer das peças e do humor ácido e brilhante do eterno Liu Arruda?. Tem os nacionais e latino-americanos, como o grupo Tarancón, além de peças de teatro famosas ou não, inúmeros espetáculos de ballet, minha filha atuou como bailarina em muitos deles, entre tantas outras produções”, destacou.
Múltiplos públicos, artistas e eventos: um teatro para o povo matogrossense
Nesses 41 anos de fundação, o Teatro Universitário se junta a outros espaços culturais e artísticos no Estado, o que para o maestro da Orquestra da UFMT é essencial para conseguir alcançar mais pessoas, artistas e todos os tipos de produção. O gestor da Procev da UFMT analisa ainda que há muitos grupos e artistas produzindo música, dança, teatro e outras atividades culturais, mas que o grande desafio é o escoamento dessa produção.
“Sabemos que a arte e a promoção da cultura devem romper os muros e chegar sempre mais longe. Temos realizado ações descentralizadas, como apresentações em outros pontos da cidade, a exemplo dos concertos em parques”, explica o maestro destacando que em muitas outras situações é necessário que o espaço tenha estrutura adequada para os artistas e também a plateia.
E como parceira da Orquestra Sinfônica da UFMT, e outros grupos e artistas na concepção de diversos espetáculos, alguns muitos com contribuições que vão além dos palcos, como arrecadação de alimentos às famílias carentes, Dorit Kolling destaca ainda as obras realizadas nessa casa do artista matogrossense.
“Como maestra, como esquecer dos inúmeros concertos entre eles a Ópera “A Flauta Mágica” que montamos aqui num desafio enorme tanto para coro como para a orquestra; dos grandes concertos e espetáculos temáticos que Coral UFMT produziu e realizou, como Misa Criolla, Carmina Burana, que contou com a participação do Grupo de Percussão do Departamento de Artes da UFMT, Canta Chico, Canta Beatles, Claro Canto Cuiabá e mais recentemente do MilTons, uma homenagem que o coro fez à Milton Nascimento”, recordou a maestra.
Aos respeitáveis artistas e públicos
Como uma grande casa da arte e cultura no Estado, o edital para o Teatro Universitário segue aberto para os interessados em realizar concertos musicais, teatros, dança, ballet, congressos e outros eventos. As atividades poderão ser realizadas entre 01 de março e 17 de dezembro.
“Desde a última reforma em 2014, o Teatro Universitário ganhou rampas de acesso, sinalizadores nos corredores, banheiros adaptados para cadeirantes, poltronas para obesos e quatro elevadores para portadores de necessidades especiais, sendo dois para o público e dois para os atores”, ressalta o pró-reitor da Procev, complementando que o projeto original do arquiteto Igor Sresnewsky foi mantido, e que os materiais utilizados são agora mais modernos, e não inflamáveis, o que diminui os riscos de incêndios.
Ao todo o Teatro Universitário contempla um Foyer de entrada com capacidade de público de até 130 pessoas em pé, palco no estilo “italiano”, com estrutura de iluminação, som, varas para cenários e camarins. A plateia é composta de 495 lugares, com assentos para pessoas obesas e com deficiência. O Salão dos Tachos, na parte inferior do Teatro, tem capacidade de público de até 80 pessoas em pé.
Confira a programação de solicitações no edital e a Agenda de Pautas.
Fonte: ufmt
