Taxa de desocupação no país cai para 8%, a menor em nove anos


Menor resultado em nove anos (4,8%), a taxa de desocupação do país recuou, de 8,3%, no trimestre de março a maio, para 8%, no trimestre encerrado em junho, além de retroceder 1,5 ponto percentual (p.p.), em relação ao mesmo período de 2022 (9,8%). Ante o primeiro trimestre do ano (8,8%), a queda foi de 0,8 p.p, e de 1,3 p.p., para o segundo trimestre do ano passado (9,3%).

As informações fazem parte dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao observar que, no segundo trimestre do ano (2T23), 8,6 milhões de pessoas estavam desocupadas, o que representa um recuo de 14,2% ante igual período do ano passado. Em contrapartida, o número de ocupados subiu para 98,9 milhões de pessoas, o que significa aumento de 1,1% no comparativo trimestral e de 0,7%, no anual.

Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, “o segundo trimestre registrou recuo da taxa de desocupação, após crescimento no primeiro trimestre do ano. Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”,

No que toca à quantidade de empregados no setor privado sem carteira assinada, a PNAD Contínua mostrou que esse segmento somou 13,1 milhão de pessoas, o que equivale a um avanço de 2,4% (mais 303 mil pessoas) na comparação trimestral, enquanto na anual, foi registrada estabilidade. Também estável no trimestre ficou o número de trabalhadores com carteira assinada no setor, perfazendo 36,8 milhões de pessoas, o corresponde a uma alta de 2,8% (mais 991 mil pessoas) ante igual trimestre de 2022.

Já a taxa de informalidade teve ligeira expansão, ao passar de 39% no primeiro trimestre, para 39,2% no segundo, abaixo, portanto dos 40% apurados, em igual período do ano passado. “O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, comenta Adriana.

Ao contar 5,8 milhões de trabalhadores domésticos, este segmento exibiu acréscimo de 2,6%, no comparativo trimestral, enquanto se manteve estável, ante igual trimestre de 2022. No setor público, por sua vez, o número de empregados (12,2 milhões de pessoas) cresceu 3,8%, no segundo trimestre do ano, em relação ao anterior, além de aumentar 3,1% ante igual trimestre do ano passado, com a adição de 365 mil pessoas. Igualmente estável ficou a categoria dos trabalhadores por conta própria, que contou 25,2 milhões de pessoas, no mesmo comparativo trimestral.

Fonte: capitalist

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