“É um avião brasileiro montado aqui e finalizado nos Estados Unidos, já que o seu maior mercado consumidor é justamente o país. Isso vai impactar diretamente, e ainda vale lembrar que o mercado dos EUA é o maior da aviação executiva do mundo, com tamanho quase dez vezes maior do que o segundo colocado, que é justamente o Brasil”, destaca.
Embraer pode buscar novos mercados e reduzir dependência dos EUA?
“A empresa depende muito do mercado norte-americano, tanto na aviação comercial quanto na executiva. Já na aviação militar, vendeu seus aviões para outros países da Europa, como Portugal e República Tcheca. Mas a Embraer tem tentado explorar novos mercados, e isso é vital para qualquer empresa, principalmente da aviação, não depender de um único país. Só que essa é uma realidade desde, pelo menos, os anos 1990”, enfatiza.
Tarifas de importação com alíquota zero desde 1979
“A Embraer atende muitas companhias aéreas regionais dos Estados Unidos com seus aviões, a exemplo do E190 e, agora, o E2 [com capacidade para até 132 passageiros], e também o ERJ145, modelo que inclusive levou a companhia a ser a terceira maior fabricante de aviões do mundo. Para fugir dessas sanções, tem que mirar outros mercados, que é um processo já em andamento”, ressalta.
Fonte: sputniknewsbrasil