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O Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (31) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), traz um panorama positivo para as principais culturas do Paraná.

Os preços da carne suína, tanto no mercado doméstico quanto na exportação, encerraram o mês de outubro em alta, mantendo uma trajetória de valorização e consolidando o sexto mês consecutivo de aumento nos valores. Essa reação positiva nos preços do animal vivo e da carne suína reflete o cenário de maior demanda e a pressão da oferta, segundo os dados monitorados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A continuidade desses reajustes ressalta o movimento de ascensão no setor de proteínas, com os preços respondendo às demandas do mercado.

Os preços da pecuária brasileira têm registrado fortes altas desde o final de agosto em todas as regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esse aumento está diretamente relacionado à queda na oferta e ao aumento na demanda, especialmente em São Paulo, onde o Indicador do boi gordo CEPEA/B3, junto com a carcaça casada negociada no atacado da Grande SP, acumula avanço superior a 15% somente neste mês de outubro. Segundo analistas do Cepea, essa valorização representa um aquecimento no mercado interno, refletindo diretamente nos custos ao consumidor e impactando o setor de alimentos.

Atualmente técnicas como a aplicação localizada de herbicidas vêm se destacando como uma das inovações mais promissoras, ajudando produtores a otimizar recursos e controlar com precisão as áreas com maior infestação de plantas daninhas. Segundo Guilherme Dressano, engenheiro agrônomo e especialista em herbicidas, a aplicação localizada visa o tratamento específico das áreas com infestação ou variações que exigem um manejo diferente do resto da lavoura. Essa técnica permite um controle mais eficiente, especialmente onde há maior pressão de plantas daninhas, sem desperdício de defensivos químicos. 

Os portos do Arco Norte, abrangendo os terminais da região Norte e Nordeste acima do paralelo 16ºS, demonstraram um desempenho notável nas exportações de grãos no primeiro semestre de 2024. Entre janeiro e agosto deste ano, esses portos foram responsáveis por 40% de toda a carga de milho e soja exportada pelo Brasil. Quando considerados todos os tipos de cargas, incluindo combustíveis, contêineres e minérios, esse percentual atinge 32,6%. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que monitora mensalmente a movimentação portuária no país.