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Segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as geadas recentes no Sul do Brasil, especialmente no Paraná, têm gerado preocupação entre os triticultores. Embora o fenômeno climático possa, em algumas situações, favorecer a implantação da cultura do trigo, ele também pode ser prejudicial para lavouras que estão em fases reprodutivas. Esse risco se deve ao fato de que as geadas podem impactar negativamente o florescimento e a formação dos grãos.

Na última semana, o preço do milho disponível em Mato Grosso apresentou uma alta de 2,41%, fechando na média de R$ 38,77 por saca. Essa valorização, apesar da maior oferta decorrente da finalização da colheita no estado, foi impulsionada pelo aumento do dólar e pela elevação das cotações na B3, conforme dados da análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

De acordo com a análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última semana, o preço do farelo de soja em Mato Grosso registrou uma queda de 0,40%, situando-se em R$ 1.871,50 por tonelada. Esse recuo foi atribuído ao menor interesse dos compradores pelo coproduto no mercado interno nas últimas semanas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), o mercado de feijões está vivenciando um cenário de contrastes. O preço do Feijão-preto disparou nos últimos dias, gerando preocupações sobre o impacto nas vendas. A alta foi provocada por uma demanda repentina, com compradores que, após aguardarem até o último momento para adquirir o produto, acabaram pagando valores muito acima dos praticados na semana anterior.

De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no sul do Brasil enfrenta desafios significativos, com destaque para as situações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, o mercado de trigo está extremamente devagar. Moinhos locais, bem comprados, enfrentam baixa demanda e, consequentemente, baixa moagem. A qualidade do trigo tem sido motivo de reclamação, com muitos lotes vendidos não atendendo às especificações contratadas, levando a cancelamentos. 

O mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul teve um início de semana lento, com  compradores entre R$ 63,00 a R$ 66,00 CIF indústria, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado lento. Nas indicações, manutenção: Santa Rosa a R$ 63,00; Não-Me-Toque a R$ 64,00; Marau e Gaurama R$ 64,50; Arroio do Meio, Lajeado e Frederico Westphalen a R$ 66,00 e Montenegro a R$ 67,00. Vendedores a partir de R$ 63,00 no FOB interior. Não ouvimos negócios nesta segunda-feira”, comenta.

Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho fechou o dia em campo misto, segundo informações da TF Agroeconômica. “Na esteira dos acontecimentos, traders focaram na divulgação de qualidade das lavouras norteamericanas, onde segundo o USDA, houve redução de 67% de lavouras em boas ou excelentes condições para 65%”, comenta.

O mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul teve piora, com negócios parados, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Hoje, o mercado local cotou a soja a R$ 132,60 para entrega em setembro, com pagamento em 30/09. No interior, os preços seguiram as referências de cada praça, com cotações de R$ 124,50 em Cruz Alta, Passo Fundo e Ijuí, todos para pagamento em 30/09 nas fábricas, e R$ 123,50 em Santa Rosa e São Luiz, também para pagamento em 30/09 nas fábricas. Em Panambi, os preços de balcão mantiveram-se em R$ 113,50 por saca para o produtor”, comenta.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, nesta segunda-feira (26), uma nova resolução que estabelece diretrizes adicionais para a política de comercialização de petróleo e gás natural da União. A medida, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia, tem como objetivo otimizar o uso de insumos provenientes dos contratos de partilha de produção, impulsionando a industrialização no Brasil e fortalecendo a segurança no abastecimento de energia, insumos petrolíferos, fertilizantes nitrogenados e outros produtos químicos.

Estudo “Agronegócio no Rio Grande do Sul e o impacto das enchentes” traz estimativas para as safras de soja, milho, trigo e arroz, além de projeções para a avicultura, a bovinocultura e a suinocultura.