colunistas

La Niña terá bastante impacto no agro
Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrenta uma devastação sem precedentes devido ao fenômeno El Niño. Chuvas intensas e inundações afetaram mais de 2.3 milhões de pessoas e deixaram milhares desabrigadas em 475 municípios, cobrindo 95% do estado. As inundações causaram graves interrupções nos serviços de energia elétrica e água potável, além de danificar estradas, pontes e outras infraestruturas essenciais. O setor agrícola foi severamente impactado, com previsão de perda de mais de 851 mil toneladas de grãos, especialmente arroz, nos próximos meses, afetando o abastecimento nacional.

Mudanças climáticas já interferem em secas e cheias na Amazônia
O desmatamento, as queimadas, aliados às mudanças climáticas, estão entre as causas da alteração do regime hidrológico dos rios da Amazônia, que tem se tornado mais intenso nos últimos anos, levando à ocorrência de cheias e secas mais severas com menor intervalo de tempo. Um exemplo foi a seca histórica de 2023, que causou a maior queda nos níveis dos rios já registrada na região. No Rio Negro, o nível da água no porto de Manaus chegou a 14,75m, o menor nível já registrado desde o começo da série histórica, em 1902.

Tokenização de grãos pode revolucionar o agro
Eduardo Astrada, CEO da Agrotoken, destaca como a tokenização de grãos pode revolucionar o agronegócio ao oferecer uma maneira eficiente para os produtores obterem liquidez sem vender fisicamente seus grãos. A tecnologia blockchain assegura transparência e rastreabilidade, aumentando a confiança dos consumidores e compradores ao facilitar o acompanhamento dos grãos desde a produção até o consumo final. Além disso, os tokens digitais simplificam pagamentos e reduzem custos operacionais, permitindo acesso facilitado a crédito. Astrada enfatiza que essa inovação não apenas moderniza o setor, mas também promove uma agricultura mais eficiente e segura.

Aprovada equiparação de óleo e farelo de milho
O Senado aprovou o PL 1548/2022 nesta quarta-feira, concedendo ao farelo e ao óleo de milho o mesmo tratamento tributário da soja. A relatora, senadora Tereza Cristina (PP-MS), da FPA, destacou que a medida equilibra o tratamento entre milho e soja na composição de rações, incluindo isenção de PIS/Cofins para o milho. Ela enfatizou a integração equitativa das cadeias produtivas e o crescimento do etanol de milho como avanço significativo.

Adubar mais ou menos a cana?
Guilherme Sanches da CROPMAN – Inteligência em Diagnósticos de Solos, relata que desde que começou a trabalhar com pesquisa na cultura de cana-de-açúcar, a questão do Nitrogênio (N) sempre foi controversa. Ele observa que a maioria das abordagens para o uso de Nitrogênio parte do princípio de “aplicar mais onde se produz mais ou onde há maior potencial produtivo”.

CONAB superestima safra de feijão
De acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) está superestimando a safra de feijão deste ano. Em um comunicado recente, o Ibrafe alertou produtores e empacotadores a não basearem suas decisões nas estimativas divulgadas pela CONAB, pois isso pode levar a equívocos graves no planejamento de produção e comercialização.

Petrobras avança em parceria com Yara para produção de fertilizantes e descarbonização
A Petrobras deu um novo passo em sua possível parceria com o grupo norueguês Yara. De acordo com as informações divulgadas pela Agência Petrobras, na noite desta terça-feira (9), a estatal brasileira anunciou a assinatura de um acordo (Master Agreement) para estruturar uma potencial parceria de negócios no segmento de fertilizantes, produção de produtos industriais e descarbonização da produção. Esse acordo, de caráter não vinculante, está em conformidade com as diretrizes estratégicas revisadas pela companhia e aprovadas no ano passado, que incluíram a produção de fertilizantes no portfólio da Petrobras conforme o Plano Estratégico 2024-28+.

Poder de compra de fertilizantes aumenta
Em junho de 2024, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) subiu 8%, alcançando 1.05, comparado a 0.97 no mês anterior. Esse aumento foi impulsionado pela queda de -4% nos preços das commodities e pelo aumento nos preços dos fertilizantes. As quedas mais significativas foram na cana-de-açúcar (-5%), algodão (-4%), milho (-4%) e soja (-3%). No entanto, as expectativas de uma safra robusta nos EUA e as perspectivas promissoras na Argentina e no Brasil indicam um cenário favorável a médio prazo para os mercados de milho e soja.

Como está o mercado do milho?
O mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul teve negócios lentos nesta quinta-feira, segundo informações da TF Agroeconômica. “O mercado começa a retomar, com algum movimento de compras. Indicações de fábricas hoje com preços estáveis: Santa Rosa a R$ 64,00; Não-Me-Toque, Marau e Gaurama a R$ 65,00; e Frederico a R$ 63,00. Não ouvimos reportes de negócios no dia de hoje”, comenta.

Milho na B3: contratos têm recuo
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma maior produção para o milho safrinha e os contratos tiveram recuo nesta quinta-feira, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Players do mercado reagiram aos novos números da Conab, onde a entidade estimou 90,0 milhões de toneladas para a safrinha da temporada, ante 88,1 milhões estimados anteriormente”, comenta.