agropecuária

A gastronomia tem se reinventado constantemente, e os produtos do campo vêm ganhando espaço nas cozinhas profissionais e amadoras. No Rio Grande do Sul, um ícone desse movimento é a bergamota, uma fruta que carrega consigo a identidade cultural gaúcha. Expressões como “lagartear no sol comendo uma berga” são comuns no estado, demonstrando o carinho dos gaúchos por essa fruta. Um exemplo de sucesso dessa tendência é a Charlie, marca criada por Tiago Schmitz, que encontrou na bergamota um ingrediente valioso para suas criações.

A DATAGRO Grãos divulgou seu levantamento anual sobre a intenção de plantio para a safra 2024/25, indicando crescimento contínuo para a soja e retração para o milho. Pelo 18º ano consecutivo, a área de soja no Brasil deve aumentar, passando de 46,184 milhões de hectares na safra 2023/24 para 46,890 milhões de hectares em 2024/25, um crescimento de 1,5%. 

Os preços internacionais do trigo sofreram uma nova queda nos últimos dias, influenciados pela expectativa de uma oferta mundial recorde na temporada 2024/25. Pesquisadores do Cepea observam que os valores externos do trigo vinham subindo devido à previsão de uma menor produção na Rússia, o maior exportador mundial. Essa redução era atribuída à diminuição da área de cultivo e às condições climáticas desfavoráveis.

O Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS) do Departamento de Agricultura dos EUA propôs novas regulamentações para reduzir a contaminação e doenças por Salmonella em aves cruas. Esta iniciativa resulta de um esforço de três anos para reavaliar o controle da Salmonella e proteger os consumidores. 

Os percevejos são uma preocupação crescente na cultura da soja, prejudicando a qualidade dos grãos e o retorno financeiro. O manejo preventivo e integrado, usando químicos, biológicos e macro parasitoides, é a abordagem mais eficaz. Renan Quisini, engenheiro agrônomo da Nitro, afirma que essa tática resolve problemas atuais e melhora o custo-benefício, refletindo no preço final dos grãos.

O setor agropecuário, crucial para o crescimento do Brasil, registrou alta de 15,1% no ano passado, segundo o IBGE, destacando-se como o setor econômico com melhor desempenho. Culturas como soja, cana-de-açúcar e laranja impulsionaram este crescimento, gerando forte integração com a indústria e serviços. Essa integração envolve tecnologias que promovem economia, agilidade e eficiência na produção agrícola. Além de tratores, caminhões e sistemas de pulverização, máquinas e softwares de corte de metal, comuns na indústria, são cada vez mais presentes no agro.

O especialista Sergio Cardoso, Diretor de Operações na Itaobi Representações, expressou em uma postagem no LinkedIn suas preocupações e críticas ao cenário atual do mercado de arroz no Brasil. Segundo Cardoso, o governo tem criticado o setor de arroz, e a possibilidade de leilões de arroz importado ainda está no radar da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele argumenta que essa postura busca projetar o governo e a agricultura familiar como os salvadores dos consumidores, em detrimento dos “especuladores cruéis” que mantêm os preços de mercado do arroz.

O clima está tenso nas lavouras de feijão do Brasil. Entre agosto e dezembro de 2023, o preço do feijão subiu 49%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE). A recente oscilação brusca dos preços pegou muitos produtores de surpresa, especialmente os novos no mercado. 

O mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul registrou negócios a noroeste, mas apresenta lentidão, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado bastante lento neste início de semana. Indicações de fábricas hoje com preços estáveis: Santa Rosa a R$ 64,00; Não-Me-Toque, Marau e Gaurama a R$ 65,00; e Frederico a R$ 63,00. Negócios ao noroeste do estado no CIF fábrica em pelo menos 2 mil toneladas, a R$ 65,00, com entrega imediata. Ademais, mercado bastante lento, com produtores pedindo a partir de R$ 63,00 no FOB interior”, comenta.

Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços mistos nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, mas algumas altas foram registradas na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “A maior parte dos contratos, no entanto, fechou com leves altas, que não foram maiores somente em face de novas retrações no mercado físico, onde produtores buscam por maiores preços, principalmente em estados onde acredita-se que haverá quebras”, comenta.