Agrolink

Estão abertas as inscrições para a Missão Agro Internacional 2025, que ocorrerá de 4 a 19 de abril, com visitas à Nova Zelândia e Austrália. O objetivo é explorar as inovações agrícolas e tecnologias desses países, líderes globais no agronegócio. O grupo visitará fazendas, universidades e centros de pesquisa, focando em práticas de produção, gestão, sustentabilidade e novas tecnologias com grande potencial para o Brasil.

O mês de outubro trouxe boas notícias para os cafeicultores do Brasil, com a retomada das chuvas no cinturão cafeeiro. Esse cenário foi essencial para aliviar as condições climáticas adversas que afetaram a produtividade da safra anterior. A precipitação foi fundamental para estimular as floradas nas principais regiões produtoras de café arábica, gerando expectativas positivas para o ciclo de produção 2025/26.

O cultivo de café conilon enfrenta os mais diversos desafios relacionados ao clima, principalmente em relação à gestão da água. A variação diária das necessidades de irrigação, causada pelas mudanças climáticas, exige uma abordagem rigorosa para evitar perdas de produtividade. Nesse cenário, a adoção de tecnologias de irrigação de precisão se tornam indispensáveis. 

A broca-da-cana (Diatraea saccharalis) é uma das pragas mais prejudiciais para a cana-de-açúcar e outras gramíneas cultivadas no Brasil, como milho, arroz e trigo. No mês de novembro de 2024, o clima quente e com chuvas acima da média em diversas regiões do país criou condições ideais para a proliferação dessa praga, que ameaça impactar severamente as lavouras.

Nos últimos 12 meses, o mercado de combustíveis apresentou variações consideráveis nos preços. O etanol registrou uma alta de 11,5%, enquanto a gasolina aditivada subiu 6,3%. Em contrapartida, o diesel S-10 e o diesel comum tiveram quedas de 2,5% e 1,8%, respectivamente. Essas oscilações refletem a dinâmica do setor de combustíveis e impactam diretamente os custos para os consumidores, de acordo com o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, realizado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento até 2030, e o setor agrícola tem papel fundamental no processo. Segundo o engenheiro agrônomo João Pedro Cuthi Dias, metade das emissões de gases de efeito estufa do país está ligada ao desmatamento e à mudança no uso do solo. No entanto, o especialista destaca que é possível crescer de forma sustentável utilizando áreas já degradadas.

No Seminário Nacional de Pecuária Orgânica, o pesquisador João Paulo Guimarães, da Embrapa Cerrados, apresentou dados de uma pesquisa realizada com produtores do Distrito Federal, centrada na aplicação de adubação orgânica e no cultivo de milho em sistemas agrossilvipastoris. A iniciativa, promovida pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), reuniu técnicos, produtores e acadêmicos para discutir práticas agroecológicas, com ênfase na fertilização orgânica e no respeito ao meio ambiente.

As sementes de cana-de-açúcar representam uma alternativa para o cultivo da cultura, com expectativa de mais eficiência no plantio e redução de custos para os produtores. Diferente das tradicionais mudas, as sementes possibilitam uma propagação mais uniforme, o que pode resultar em lavouras de fácil manejo. O biólogo e pesquisador, Felipe Calzado, em tese defendida na Universidade de São Paulo (USP), abordou a viabilidade da prática, apontando as vantagens econômicas e ambientais que o uso de sementes pode trazer ao setor sucroalcooleiro brasileiro.

A Arrakis Bioenergia, fundada em 2024 em Camaçari, Bahia, é uma startup ligada à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com foco em desenvolver soluções sustentáveis a partir de tecnologias inovadoras. A empresa surgiu de um projeto acadêmico que envolveu a Unicamp, o Senai Cimatec e a Shell, que investigava o uso do agave — uma planta resistente ao clima semiárido — para gerar biomassa e bioenergia

A semeadura da safra de soja 2024/25 no Brasil avança, e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um recorde de produção, estimando 166,28 milhões de toneladas – crescimento de 12,82% em comparação ao ciclo anterior. Contudo, produtores do Rio Grande do Sul, onde as chuvas intensas e enchentes causaram erosão no solo, enfrentam desafios adicionais para preservar a produtividade.