Suspeito de tentar matar estudantes palestinos nos EUA é preso


A detenção ocorreu após o ataque no fim de semana, destacando um aumento de violência e ódio enfrentados por muçulmanos e árabes nos EUA.
Eaton foi detido na tarde de domingo após uma busca policial em seu apartamento, próximo ao local do tiroteio no dia anterior. Ele afirmou aos agentes estar “esperando” por eles. São três acusações de tentativa de assassinato em segundo grau e ele está sob custódia sem direito a fiança.
As autoridades locais trabalham para confirmar a motivação do crime, como afirmou o chefe de polícia de Burlington, Jon Murad, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27), conforme apurou a Sputnik. “Ainda não sabemos tanto quanto gostaríamos de saber. Estamos nos esforçando para obter essa informação.”
Fotos de três estudantes universitários baleados na cidade norte-americana de Burlington, Vermont, em 26 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 26.11.2023

Murad também confirmou que dois dos três jovens, de 20 anos, estavam usando o keffiyeh na noite do tiroteio, um lenço tradicional que é símbolo da cultura palestina. Eles também falavam mistura de inglês e árabe.
Os três acadêmicos— Hisham Awartani, da Brown University, em Rhode Island; Kinnan Abdalhamid, da Haverford College, na Pensilvânia; e Tahseen Ali Ahmad, da Trinity College, em Connecticut, se recuperam em unidade de terapia intensiva em Burlington.
Todos estão estáveis, embora Awartani tenha sofrido uma lesão grave na coluna.
“Suas vidas foram alteradas para sempre”, disse o prefeito de Burlington, Miro Weinberger, em coletiva de imprensa. Ele se referiu especialmente à situação de Awartani, dizendo que ele enfrenta uma “enorme luta e recuperação, com lesões que podem ser para a vida toda”.
Os confrontos no Oriente Médio se intensificaram em 7 de outubro deste ano, quando ataque do grupo armado Hamas atingiu território israelense e matou mais de 1,4 mil pessoas. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) reforçaram o cerco sobre Gaza e já mataram mais de 14 mil palestinos, com grande parte sendo crianças.

Fonte: sputniknewsbrasil

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