‘Surreal’, diz Bortoleto sobre correr no Brasil pela primeira vez na F1


“Surreal”. Assim o brasileiro Gabriel Bortoleto descreve a experiência de correr em Interlagos como piloto de Fórmula 1. Em sua temporada de estreia na maior categoria do automobilismo mundial, o jovem de 21 anos volta à casa, mais especificamente ao Autódromo José Carlos Pace, para o seu primeiro Grande Prêmio de São Paulo.

A corrida acontece no domingo (9), às 14 horas. No entanto, o brasileiro já sentiu o gostinho da pista e, claro, o calor das arquibancadas. Neste sábado, importante destacar, Bortoleto larga em 14º na sprint e, mais tarde, disputa o treino classificatório que define o grid da prova de amanhã.

Evidentemente, o piloto da Sauber (que passará a ser Audi em 2026) espera obter bons resultados diante dos fãs brasileiros. Embora não tenha dos melhores carros do grid, Bortoleto conquistou 19 pontos em 20 corridas na temporada 2025 e chega ao templo de Interlagos embalado após um ótimo décimo lugar no GP do México.

Expectativa e ansiedade, claro, batem à porta. Não à toa. Gabriel Bortoleto é o primeiro piloto brasileiro a disputar um Grande Prêmio em casa desde Felipe Massa, no longínquo 2017. E tem mais: ele é o 28º a conseguir tal feito desde que a prova entrou oficialmente no calendário da Fórmula 1, em 1973.

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Autoesporte fez uma breve entrevista com o jovem piloto da Sauber, que tem, sempre bom lembrar, carreira administrada por ninguém menos que o bicampeão mundial Fernando Alonso. No pingue-pongue, Bortoleto falou um pouco sobre como está sendo a primeira temporada na Fórmula 1 e, claro, o que espera de seu primeiro GP de São Paulo. Confira:

Autoesporte: Esta é sua primeira vez correndo no GP do Brasil diante da torcida brasileira. Quais são suas expectativas para uma corrida tão especial em casa?

Gabriel Bortoleto: Crescendo em São Paulo, eu sempre sonhei em correr em Interlagos, e finalmente poder fazer isso como piloto de Fórmula 1 parece até surreal. Todo o trabalho que minha família e eu colocamos ao longo dos anos levou a este momento, então é realmente muito especial. Mas, ao mesmo tempo, meu foco continua o mesmo, é sobre ter um bom desempenho, aproveitar ao máximo cada sessão e dar tudo de mim para conquistar um ótimo resultado diante do meu povo.

AE: Como você tem se sentido neste seu ano de estreia na F1?

GB: Tem sido uma experiência de aprendizado incrível. Cada corrida traz algo novo, novos desafios, novas lições, mas sinto que tenho evoluído bem, e sou muito grato pelo apoio incrível que a equipe me deu desde o primeiro dia. Tivemos alguns resultados animadores recentemente, e isso me motiva ainda mais a continuar melhorando e avançando.

AE: O Brasil ficou seis temporadas sem um piloto na F1, e agora você é nossa maior esperança. Como você lida com a pressão e as expectativas?

GB: É uma grande honra representar o Brasil novamente na Fórmula 1. Sei que os fãs são muito apaixonados e têm grandes expectativas, e eu procuro transformar isso em motivação, não em pressão. Foco em fazer meu trabalho, trabalhar duro com a equipe e garantir que estamos dando o nosso máximo na pista.

AE: Muitos pilotos têm um estilo marcante na pista. Qual é o seu?

GB: Diria que tento aproveitar ao máximo todas as oportunidades. Seja na classificação ou durante a corrida, procuro sempre estar atento e pronto para agir quando surge uma chance. Busco ser consistente, limpo e inteligente nas minhas manobras, atacar quando é preciso, mas sempre mantendo a visão do todo.

AE: Você tem alguma superstição antes de uma corrida?

GB: Tem uma coisa que eu sempre faço: entro no carro com o pé direito primeiro. Fora isso, não muito mais, tenho uma rotina que me ajuda a entrar no foco certo, mas não chamaria de superstição. É mais sobre manter a calma e a concentração.

AE: Fora da pista, quais são seus hobbies?

GB: Gosto de passar tempo com a família e os amigos sempre que posso, relaxar e descansar depois de um fim de semana de corrida. Acho importante desconectar um pouco, recarregar as energias e manter um bom equilíbrio entre as corridas e a vida fora delas. Também gosto muito de simuladores, é algo que me diverte bastante e ainda serve como um bom treino e preparação para cada prova.

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Fonte: direitonews

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