Suplemento esportivo aumenta risco de problemas bucais, diz dentista


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A rotina de um atleta envolve treinos regulares e cuidados especiais com a alimentação para melhorar o seu desempenho em competições. O que poucos sabem é que, assim como outras partes do programa de treinamento, a saúde bucal também precisa ser prioridade para os esportistas.

De acordo com a cirurgiã-dentista Marcela O´Neal, da GUM, marca especialista em produtos odontológicos, a dieta com suplementos esportivos, ricos em açúcar e componentes ácidos, é um fator que contribui para o surgimento de problemas bucais. Alguns exemplos são barras de proteína e alguns suplementos em pó.

“Eles consomem muitas calorias ao longo do dia, como barras de proteínas e suplementos esportivos, que são ácidos e possuem alto teor de açúcar. Esses alimentos aumentam a respiração bucal e a redução do fluxo de saliva, deixando a região seca e em condições ideais para o surgimento de bactérias”, afirma Marcela.

Além disso, o estresse relacionado ao esporte é outro fator de risco que pode causar cáries, erosões dentárias, gengivite, periodontite e bruxismo. Quando passa por períodos estressantes, o corpo humano libera hormônios que produzem um alto índice de adrenalina.

“Essa mudança pode causar o chamado efeito pró-inflamatório, fazendo com que o organismo potencialize o surgimento de doenças periodontais”, explica.

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A cirurgiã-dentista alerta que tanto as cáries quanto a doença gengival podem causar ou piorar inflamações e infecções na boca, resultando na queda do rendimento dos atletas durante as atividades.

Cuidados

Para prevenir problemas bucais, o ideal é escovar os dentes duas vezes ao dia por pelo menos dois minutos, dando atenção também à língua, além de passar fio dental para fazer a higienização correta entre os dentes. Quando a escovação não for possível, a cirurgiã-dentista recomenda a mastigação de chicletes sem açúcar e enxaguar a região com água após as refeições.

Além disso, os atletas podem usar protetores bucais para proteger os lábios e língua de lacerações; e os dentes de fraturas, extrações e luxações. Os protetores também protegem os ossos maxilomandibulares de fraturas, protegendo ainda a articulação temporomandibular, segundo Marcella.

A especialista ressalta que a utilização dos protetores deve ser supervisionada pelo cirurgião-dentista, que determinará o tempo de uso e o intervalo para a substituição.

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