A rotina de um atleta envolve treinos regulares e cuidados especiais com a alimentação para melhorar o seu desempenho em competições. O que poucos sabem é que, assim como outras partes do programa de treinamento, a saúde bucal também precisa ser prioridade para os esportistas.
De acordo com a cirurgiã-dentista Marcela O´Neal, da GUM, marca especialista em produtos odontológicos, a dieta com suplementos esportivos, ricos em açúcar e componentes ácidos, é um fator que contribui para o surgimento de problemas bucais. Alguns exemplos são barras de proteína e alguns suplementos em pó.
“Eles consomem muitas calorias ao longo do dia, como barras de proteínas e suplementos esportivos, que são ácidos e possuem alto teor de açúcar. Esses alimentos aumentam a respiração bucal e a redução do fluxo de saliva, deixando a região seca e em condições ideais para o surgimento de bactérias”, afirma Marcela.
Além disso, o estresse relacionado ao esporte é outro fator de risco que pode causar cáries, erosões dentárias, gengivite, periodontite e bruxismo. Quando passa por períodos estressantes, o corpo humano libera hormônios que produzem um alto índice de adrenalina.
“Essa mudança pode causar o chamado efeito pró-inflamatório, fazendo com que o organismo potencialize o surgimento de doenças periodontais”, explica.
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Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhorMike Harrington/ Getty Images
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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficienteHinterhaus Productions/ Getty Images
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De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentáriasCatherine Falls Commercial/ Getty Images
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Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga também são indicadas para fortalecer ossos e músculosNisian Hughes/ Getty Images
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Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, também auxilia no aumento da energia, melhora o humor e o sonoskaman306/ Getty Images
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Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por ao menos meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetesTom Werner/ Getty Images
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A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural. Ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vidaThomas Barwick/ Getty Images
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Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor Justin Paget/ Getty Images
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A cirurgiã-dentista alerta que tanto as cáries quanto a doença gengival podem causar ou piorar inflamações e infecções na boca, resultando na queda do rendimento dos atletas durante as atividades.
Cuidados
Para prevenir problemas bucais, o ideal é escovar os dentes duas vezes ao dia por pelo menos dois minutos, dando atenção também à língua, além de passar fio dental para fazer a higienização correta entre os dentes. Quando a escovação não for possível, a cirurgiã-dentista recomenda a mastigação de chicletes sem açúcar e enxaguar a região com água após as refeições.
Além disso, os atletas podem usar protetores bucais para proteger os lábios e língua de lacerações; e os dentes de fraturas, extrações e luxações. Os protetores também protegem os ossos maxilomandibulares de fraturas, protegendo ainda a articulação temporomandibular, segundo Marcella.
A especialista ressalta que a utilização dos protetores deve ser supervisionada pelo cirurgião-dentista, que determinará o tempo de uso e o intervalo para a substituição.
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