Superávit de transações correntes atinge US$ 649 milhões em maio


Melhor desempenho para maio, desde 2021 (saldo positivo de US$ 1,995 bilhão, o melhor da série), as transações correntes do país apresentaram superávit de US$ 649 milhões no mês passado, revertendo a tendência negativa de abril, que registrou déficit de US$ 1,680 bilhão, revelou, nesta segunda-feira (26), o Banco Central (BC), ao estimar um déficit de US$ 32 bilhões para este ano.

De acordo com a metodologia empregada pela autoridade monetária, a balança comercial brasileira apurou, igualmente em maio, superávit de US$ 9,719 bilhões, ao passo que a conta de serviços teve déficit de US$ 3,12 bilhões. Igualmente deficitária em US$ 5,984 bilhões ficou a conta de renda primária. Em contraponto, a conta financeira foi superavitária em US$ 307 milhões.

Se considerado o período de janeiro a maio deste ano, as transações correntes tiveram um ‘rombo’’ de US$ 12,647 bilhões e um déficit de US$ 48,545 bilhões ou 2,45% do Produto Interno Bruto (PIB) – o menor, em relação ao PIB, desde março de 2022 (-2,43%).

No que se refere às viagens internacionais, o BC observou déficit de US$ 634 milhões, no mês passado – ante um déficit de US$ 718 milhões, em maio do ano passado – como resultado de despesas de brasileiros no exterior, no montante de US$ 1,201 bilhão, ante gastos de estrangeiros em viagem no Brasil, de US$ 567 milhões. No que toca ao acumulado do ano, a conta de viagem acusou déficit de US$ 2,944 bilhões, enquanto em idêntico período de 2022, o saldo negativo foi de US$ 2,784 bilhões.

A respeito de lucros e dividendos, o balanço de pagamento apurou déficit de US$ 4,606 bilhões em maio, resultado superior ao de igual mês do ano passado, deficitário em US$ 4,209 bilhões. Em outro quesito, as despesas com juros externos totalizaram US$ 1,397 bilhão no mês passado, acima dos US$ 716 milhões gastos, em maio de 2022. No acumulado do ano até maio, o saldo de lucros e dividendos é negativo em US$ 19,047 bilhões, ao passo que o gasto com juros somou US$ 10,036 bilhões.

Já a estimativa para dívida externa em 2023, conforme o BC, subiu de US$ 319,634 bilhões (de longo prazo, de US$ 249,528 bilhões, e de US$ 73,879 bilhões, de curto prazo) este mês, ante a previsão de US$ 319,634 bilhões, em maio de 2022.

Fonte: capitalist

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