Super Mais é suspeito de propaganda enganosa e de fazer sangrar o bolso do consumidor


O Super Mais Supermercado inaugurou uma nova loja em Tangará da Serra em 21 de fevereiro de 2024. Diante de uma plateia composta por convidados ilustres, autoridades, consumidores e imprensa, os proprietários do empreendimento anunciaram que a política da empresa prioriza a estrita conformidade com a legislação, o respeito ao consumidor e a garantia de preços justos.

Entretanto, na prática, a postura dos donos do Super Mais revela-se uma grande falácia, escondendo a voracidade com que exploram o consumidor e a audácia com que desrespeitam o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A empresa adota uma agressiva estratégia de propaganda enganosa, anunciando quatro produtos com preços promocionais, mas mantendo os valores acima do anunciado nas prateleiras e no caixa.

A reportagem recebeu denúncias e constatou in loco a propaganda enganosa veiculada pelo Super Mais, diante dos olhos do Procon, Promotoria de Defesa do Consumidor e Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon).

A situação é grave, exigindo fiscalização rigorosa por parte dos órgãos de controle. “O consumidor lesado tem o direito à reparação, inclusive com acréscimo de danos morais”, segundo observação de um advogado especializado na área consumerista.

Preço do Arroz

No panfleto promocional, o Super Mais anuncia o arroz Kumbuca, pacote de 5kg a R$ 20,47. Nas prateleiras e no caixa, o produto custa R$ 23,99, uma diferença de R$ 3,52 a mais para o consumidor.

Já o arroz Super Mais é anunciado por R$ 19,49, mas no caixa é vendido por R$ 23,49, com uma diferença de R$ 4,00.

Carona na calamidade do Rio Grande do Sul

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul gerou a expectativa de alta nos preços do arroz, pois aquele estado é o maior produtor do cereal no Brasil.

O governo federal anunciou a importação de arroz para manter os preços estáveis e evitar o racionamento.

O Super Mais Supermercado, por motivos desconhecidos, aproveitou-se da situação e anunciou o arroz com um preço e está vendendo por um valor muito acima do anunciado na propaganda. Essa prática, em tese, configuraria crime contra a economia popular.

Leite

O leite Lacbom foi anunciado por R$ 4,88, mas no caixa o preço pago pelo consumidor foi de R$ 5,89, uma diferença de R$ 1,01.

Sabão em pó

No panfleto e no Instagram do Super Mais, o sabão em pó da marca Omo é anunciado por R$ 8,49, mas o preço no caixa é de R$ 8,98.

A diferença de R$ 0,49 centavos pode parecer pequena, mas dependendo do volume de produtos comercializados, o impacto na economia popular pode ser significativo.

O panfleto promocional do Super Mais Supermercado é válido até 15 de maio.

Os consumidores de Tangará da Serra exigem uma resposta rápida, eficiente e eficaz do Procon, Decon, MPF e MPE. 

O caso requer uma auditoria para dimensionar a extensão do prejuízo causado aos consumidores.

É evidente que aqueles que se sentirem lesados têm direito à indenização, além de eventuais danos morais.

“Cabe aos órgãos de defesa do consumidor buscar identificar o quantitativo de clientes que foram lesados pela propaganda enganosa do Super Mais. Não é crível que as autoridades assistam a tudo isso e não tomem providências para cessar o dano, evitar novos crimes contra a economia popular e punir o estabelecimento pelos danos causados a população”, conclui o advogado consultado pela reportagem. 

Nas fotos abaixo, os cupons fiscais que comprovam o pagamento acima dos preços anunciados pelo Super Mais Supermercados

Fonte: abroncapopular

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