Sul Global não tem motivos para usar o dólar, diz vice-chanceler russo à Sputnik Brasil (VÍDEO)


Aleksandr Pankin esteve presente na Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, presidida pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e que também contou com a presença da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, discursa em evento do G20, States of the Future, em 22 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2024

À reportagem, o vice-chanceler da Rússia comentou a queda do dólar nas transações internacionais e a ascensão de outras moedas, como o yuan chinês, que “duplicou ao longo do último ano”, atingindo uma parcela de 4,6%.
Para Pankin, há vários motivos para a queda, desde o crescimento da dívida pública dos Estados Unidos, que está em aproximadamente US$ 35 trilhões (R$ 195,7 trilhões), o uso do dólar como arma, como evidenciado pelas sanções unilaterais e ilegais contra a Rússia.

“Há definitivamente uma falta de fé no dólar no mundo devido a várias ações tomadas pelo governo dos EUA, incluindo sanções”, disse o vice-ministro.

Segundo o diplomata, a decadência do dólar pode ser ainda maior, uma vez que esses dados não contabilizam outros sistemas de pagamentos, como o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em russo) da Rússia, o mBridge, o Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços (CIPS, na sigla em inglês) da China e a Interface de Pagamentos Unificada (UPI, na sigla em inglês) da Índia.
Sobre as sanções, Pankin destacou seu caráter unilateral, já que foram tomadas apenas por “certos Estados, mas não por organizações internacionais”.

“Não existe uma única organização internacional, como a ONU [Organização das Nações Unidas] ou qualquer outra, de natureza global e adesão universal, que tenha tomado sanções contra a Rússia.”

A maior parte dos países são do chamado “Sul e Leste Global”, lembrou. “Estes são países que não partilham as posições dos países ocidentais […]. E temos uma cooperação muito boa com eles.”
Nesse sentido, Pankin ressaltou que esses também são os países que estão liderando o processo de desdolarização do mundo, pois acordam cada vez mais para o fato de que não é preciso seguir os ditames dos Estados Unidos.

“Os países do Sul comercializam mais entre si do que com o Norte […]. Isso significa que eles não precisam de dólares para fazer transações entre si.”

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Fonte: sputniknewsbrasil

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