Suinocultura independente: preços seguem em alta com oferta enxuta de animais e pesos mais baixos


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O mercado da suinocultura independente segue aquecido. Nesta quinta-feira (8) as principais bolsas de suínos que comercializam os animais nesta modalidade mostraram alta nos preços, o que tem sido recorrente. Há um consenso entre lideranças do setor de que existe uma oferta mais enxuta de animais enquanto a demanda está aquecida. 

Em São Paulo, o mercado apresentou alta, saindo de R$ 8,27/kg vivo para R$ 8,53/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). 

“Há uma oferta restrita de animais vivos de animais para o mercado em todos os Estados do país. Ao mesmo tempo, a demanda é grande, provocando estes novos reajustes. Falta suíno no mercado brasileiro, e a tendência é agravar ainda mais em setembro, que é um mês estratégico para as agroindústrias estocarem animais para exportações, e que em, novembro do ano passado, houve um superaquecimento nas granjas, elevando o nível de mortalidade e abortos nas granjas, que deve provocar uma redução em até 10% na oferta em setembro”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro, após três semanas com preço estável em R$ 8,00/kg vivo, houve alta, chegando a R$ 8,50/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). 

“Mercado é feito de oferta, procura ambas temperadas pelas expectativas. Em determinado momento a combinação destas variáveis se transforma em euforia e por isso os preços alcançaram novo patamar”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, saindo de R$ 7,58/kg vivo para R$ 7,80/kg vivo.

“O mercado vem melhorando a cada semana. Vemos que está faltando suínos no mercado. Não está mais se conseguindo elevar o peso dos animais como estava no tempo da crise, que era 130 quilos, 135 quilos. Agora está precisando colocar peso nos animais, porque vale a pena segurar para aumentar por causa dos custos de produção. Mas ao mesmo tempo, todos têm compromissos para colocar os animais no mercado para comercializar e não deixar o mercado travar, há uma dificuldade em colocar peso. Mas deve haver uma falta mais acentuada no próximo mês, porque houve em outubro um problema de reprodução por causa do calor, e acreditamos na continuidade dos aumentos”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

Fonte: noticiasagricolas

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