StoneX aponta redução de 4,2% na produção brasileira de trigo 2025/26


A StoneX reduz sua expectativa para a produção brasileira de trigo 2025/26 para 8,6 milhões de toneladas, queda mensal de 4,2%.

As intenções de plantio dos produtores paranaenses indicam uma retração de 16% em relação à safra anterior, com a área cultivada estimada em 1,05 milhão de hectares. A principal razão para essa queda é a tendência de substituição das lavouras de trigo pelo milho safrinha, especialmente entre os produtores da região norte do estado.

No Rio Grande do Sul, principal estado produtor, não houve alteração referente à última estimativa divulgada pela StoneX, em março, embora o cenário ainda se apresente bastante incerto, com alguns agricultores indecisos sobre o quanto plantar em importantes regiões, devido à dificuldade de acesso a seguros e financiamentos, associada a uma descapitalização do produtor depois de frustrações com o cultivo da soja. Outra parte considera que a área pode se manter estável, mesmo com investimentos reduzidos.

Em relação ao balanço de oferta e demanda, a StoneX estimou uma redução de quase 25% nos estoques iniciais domésticos, em comparação com a projeção do mês anterior, refletindo ajustes nas importações e exportações do ciclo 2024/25. Essa queda nos estoques iniciais, aliada a um recuo da produção estimada para a safra nova, resultou em estoques finais também menores — cerca de 20% abaixo do estimado em março. Ainda assim, os estoques finais projetados para a safra 2025/26 permanecem 21,1% acima da safra anterior.

No que se refere às importações, a atualização mensal indica um aumento de 3,8%. Apesar desse ajuste positivo, o volume ainda deve se manter abaixo do total importado na última safra. Esse incremento nas importações pode estar relacionado a uma tentativa de compensar parte da redução de 4,2% na produção de trigo estimada para o ciclo 2025/26. Por outro lado, as exportações foram ajustadas negativamente na atualização mais recente. Apesar da retração, o volume exportado ainda deve superar em 19,7% o registrado no ciclo comercial 2024/25.

Considerando esses ajustes, estima-se que a relação estoque/uso 2025/26 se situe em torno de 3,5%.

Fonte: noticiasagricolas

Anteriores Direto do Vaticano: assista ao vivo o funeral do papa Francisco
Próxima Peixes não convencionais ganham espaço na Semana Santa