Em entrevista à TV2 da Dinamarca, o ex-secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, expôs seu nervosismo por ocasião da Cúpula da OTAN de 2018, quando temeu que a aliança de 70 anos pudesse ruir completamente sob sua supervisão.
A fonte do alarme estava na ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos da OTAN se os países europeus não aumentassem drasticamente suas contribuições para a defesa.
“Estávamos todos genuinamente preocupados[…], temíamos que ele pudesse realmente sair da reunião”, revelou Stoltenberg.
Ainda segundo o ex-chefe da Aliança Atlântica, a OTAN rejeitou os apelos de Zelensky por uma zona de exclusão aérea em 2022. Segundo ele, impor uma zona de exclusão aérea implica em enviar caças da OTAN para o espaço aéreo ucraniano — e confrontar aeronaves russas diretamente.
No entanto, isso tornaria a OTAN uma parte de pleno direito no conflito e desencadearia uma guerra total na Europa, ressaltou Stoltenberg na época.
Mesmo assim, durante todo o seu período na OTAN, Stoltenberg permaneceu fiel à sua postura agressiva, incitando os aliados a permitirem que a Ucrânia usasse armas ocidentais de longo alcance para atacar profundamente a Rússia e afirmando que a vitória da Rússia no conflito ucraniano seria “não apenas uma grande derrota para os ucranianos, mas também uma derrota perigosa para todos nós”.
Na ocasião, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a declaração pode ser considerada um reconhecimento do fato de que a OTAN está lutando na Ucrânia.
Fonte: sputniknewsbrasil







