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O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta segunda-feira (14) às audiências para ouvir testemunhas de acusação e defesa relacionadas aos núcleos 2, 3 e 4 da investigação sobre a suposta trama golpista envolvendo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. As sessões acontecem por videoconferência, com transmissão para a imprensa em sala reservada, sem permissão para gravações.
De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o núcleo 2, formado por seis réus, entre eles o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, teria coordenado ações para garantir a permanência do ex-presidente no poder. O núcleo 3, com 12 réus, entre militares e um policial federal, é acusado de planejar o sequestro e assassinato de autoridades. Já o núcleo 4 seria responsável pela disseminação de desinformação.
Na fase inicial das oitivas, três testemunhas de acusação do núcleo 2 foram convocadas: Éder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que colaborou com relatório sobre as urnas eletrônicas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo Partido Liberal; Clebson Ferreira de Paula Vieira, ex-analista de inteligência do Ministério da Justiça; e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da PRF. Éder Balbino também será ouvido como testemunha para o núcleo 4.
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens, volta a ser ouvido como informante nos três núcleos. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que havia sido listado como testemunha de acusação, foi dispensado na última semana.
Após as oitivas de acusação, previstas para até 23 de julho, começam as audiências com as testemunhas de defesa dos 25 réus. Entre os nomes arrolados estão o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes; o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Junior; o delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito, Fábio Shor; o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira; o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; e o ministro da Defesa, José Mucio.
Enquanto isso, o núcleo 1, que inclui o ex-presidente Bolsonaro, está na fase final do processo. Em junho, o ministro Alexandre de Moraes encerrou a fase de instrução e abriu prazo para apresentação das alegações finais, documentos escritos com os argumentos e provas das partes. O prazo da PGR termina nesta segunda (14), seguido pela defesa de Mauro Cid e posteriormente as demais defesas, com previsão para conclusão na primeira quinzena de agosto.
Após a entrega das alegações finais, o ministro Moraes poderá elaborar seu voto e encaminhar o processo para julgamento, que definirá se os réus serão condenados ou absolvidos.
Fonte: gazetabrasil