Stellantis fará motores híbridos no Brasil em fábrica importada da Europa


Em janeiro, a Stellantis anunciou o maior investimento da história da indústria automotiva brasileira: R$ 30 bilhões até 2030. Depois, em abril, detalhou que do total, R$ 13 bilhões serão alocados na unidade de Goiana (PE). Agora, mais R$ 454 milhões deste montante já têm destino certo. O valor será usado na importação de uma linha de produção usada por outra fábrica do grupo.

A informação foi antecipada pela Agência AutoData e confirmada junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) pela Autoesporte. A pasta informa que “a Stellantis aprovou a inclusão no Mover de um projeto de relocalização de fábrica da FCA Fiat Chrysler, com investimento previsto de R$ 454 milhões e geração de 600 empregos diretos”.

A AutoData também afirma que o valor deve ser aplicado na importação de uma linha de montagem de motores que podem receber a tecnologia híbrida leve para a fábrica de Betim (MG).

Algumas informações reforçam que a unidade já está sendo preparada para produzir motores híbridos flex. Uma delas é o anúncio de uma coletiva de imprensa na fábrica mineira na próxima segunda-feira (20). Outra é a promessa da Stellantis de lançar já em 2024 um carro híbrido nacional com a tecnologia Bio-Hybrid, apresentada em agosto do ano passado.

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Mas de onde virá essa linha de produção para Betim? Procurada, a Stellantis disse que não comentaria o assunto. Porém, a resposta pode estar na Polônia.

Em janeiro, o grupo anunciou o fechamento da fábrica de motores da fábrica de Bielsko-Biala até o final do ano. Por lá, são produzidos o motores 1.0 de três cilindros e 1.3 de quatro cilindros da família GSE, a mesma dos propulsores Firefly também feitos em Minas Gerais.

A diferença é que a unidade europeia também está preparada para a eletrificação, no caso com um sistema híbrido leve de 12V — exatamente a mesma tecnologia do conjunto Bio-Hybrid mais simples. Usando um alternador que também atua como gerador, usa a energia de uma pequena bateria de 1 kWh para gerar 4 cv extras em situações específicas. E a energia recuperada de frenagens e desacelerações carrega a bateria. Assim, o consumo combinado do Fiat Panda, por exemplo, fica em 17,5 km/l. A autonomia pode chegar aos 900 km.

Falando em Fiat Panda, é bem provável que a nova geração, que será apresentada em julho, mantenha esse conjunto mecânico de motor 1.0 híbrido leve e câmbio manual de seis marchas. É esperado que o sucessor do Fiat Argo, com previsão de lançamento em 2026, também receba essa motorização.

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Fonte: direitonews

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