Startup chinesa busca desenvolver fusão nuclear pela metade do custo de rivais dos EUA, diz mídia


De acordo com o Financial Times (FT), uma start-up de Xangai fundada em 2021, a Energy Singularity visa desenvolver uma tecnologia de última geração — um tokamak, uma máquina que deve estar no centro das usinas de energia de fusão.
A start-up chinesa é uma das pelo menos 45 empresas em cerca de 13 países que trabalham para comercializar a fusão nuclear, usando diversas abordagens tecnológicas e fontes de combustível, de acordo com a Fusion Industry Association, sediada nos EUA.
Apesar de ainda ser considerada por muitos especialistas como incipiente, a tecnologia de energia de fusão, se for concretizada, pode significar um avanço na busca por energia limpa.
A fusão nuclear — onde isótopos de hidrogênio se fundem após serem aquecidos a temperaturas extremas, liberando energia — tem o potencial de fornecer eletricidade abundante sem emissões e sem resíduos nucleares radioativos de longa duração.
JT-60SA, o maior reator de fusão nuclear do tipo tokamak do mundo. Japão, 1º de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 01.12.2023

Ainda de acordo com a apuração, a Energy Singularity espera ser capaz de alavancar as poderosas cadeias de suprimentos da China para obter componentes de fusão essenciais, incluindo o material supercondutor de alta temperatura (HTS, na sigla em inglês). A empresa disse que cerca de 95% dos materiais para seu primeiro dispositivo, o Honghuang 70 ou HH70, foram produzidos localmente com cerca de US$ 110 milhões (aproximadamente R$ 614,9 milhões), destacando o “acúmulo de longo prazo” de vantagens na tecnologia de energia nuclear chinesa.
“Temos uma vantagem de custo em materiais, em pessoal, em tudo […] achamos que o custo na China seria pelo menos 50% menor do que construir o mesmo tipo de máquina nos EUA”, afirmou o diretor de operações e cofundador da Energy Singularity, Ye Yuming, segundo o FT.
A startup atualmente cresceu para cerca de 135 funcionários e está mirando cerca de US$ 500 milhões em futuras rodadas de arrecadação de fundos enquanto tenta desenvolver seu dispositivo de fusão nuclear de próxima geração, o HH170, até 2027.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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