SP: Pesquisa Quaest reforça ascensão de Pablo Marçal (19%), que tem empate triplo com Guilherme Boulos (22%) e Ricardo Nunes (19%)

Uma nova pesquisa realizada pela Quaest em São Paulo revela um empate técnico na liderança entre o empresário Pablo Marçal (PRTB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), dentro da margem de erro de três pontos percentuais.

Pablo Marçal registra 19% das intenções de voto, enquanto Boulos lidera com 22% e Nunes, candidato à reeleição, também aparece com 19%.

O levantamento, encomendado pela TV Globo e realizado entre domingo e terça-feira, confirma o crescimento de Pablo Marçal na corrida eleitoral paulistana, uma tendência já apontada na semana anterior pelo Datafolha.

Na pesquisa anterior da Quaest, realizada no final de julho, Marçal tinha 12% das intenções de voto, Nunes 20% e Boulos 19%.

O apresentador José Luiz Datena (PSDB), que tinha 19% das intenções de voto em julho, agora aparece com 12%. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) subiu de 5% para 8%, enquanto Marina Helena (Novo) manteve-se com 3%.

Bebeto Haddad (DC) registrou 2%, e os candidatos João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP) e Altino Prazeres (PSTU) não pontuaram.

Entre os eleitores entrevistados, 7% declararam intenção de votar em branco ou nulo, uma redução em relação aos 9% da pesquisa anterior, e 8% ainda se dizem indecisos, percentual que se manteve estável desde julho.

A pesquisa da Quaest destaca o impacto das estratégias adotadas pelas campanhas após os primeiros sinais de crescimento de Pablo Marçal. Ricardo Nunes recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados, em uma tentativa de conter a transferência de votos da direita para o empresário.

Guilherme Boulos, que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ajustou seu discurso, anteriormente focado em críticas a Nunes, para também atacar Pablo Marçal.

A campanha de Tabata Amaral foi a que mais rapidamente reagiu, intensificando ataques a Marçal nas redes sociais e associando-o a pessoas supostamente ligadas ao crime organizado.

Datena, por sua vez, seguiu a linha de Tabata Amaral e também elevou o tom de suas críticas ao empresário.

A Quaest entrevistou presencialmente 1.200 eleitores de São Paulo entre os dias 25 e 27 de agosto. A pesquisa, com margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%, foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-08379/2024.