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Um jovem de 23 anos está sendo acusado de extorquir o ex-patrão em R$ 20 mil para não divulgar informações sigilosas sobre uma empresa de alta perfumaria em Santos, no litoral de São Paulo. Ele teria ficado revoltado após ser demitido da companhia, onde trabalhou como assistente administrativo, e ter tido um envolvimento amoroso com o dono. O acusado foi preso em flagrante, mas liberado em seguida após pagar fiança.
O empresário, de 35 anos, relatou que o ex-funcionário havia sido contratado em março, mas foi demitido em outubro devido ao mau comportamento. Segundo a vítima, as ameaças começaram logo após a demissão, com o ex-funcionário ligando inicialmente para a irmã dele, e depois alegando que o problema era pessoal. Em seguida, o acusado começou a enviar mensagens e fazer ligações durante a madrugada, exigindo R$ 20 mil para não revelar informações confidenciais, afirmando que destruiria a empresa e a vida do dono.
Apesar das ameaças, o empresário declarou não ter ficado preocupado, pois acreditava que o ex-funcionário não tinha nada contra a empresa. No entanto, a situação mudou quando o jovem enviou um e-mail para um fornecedor importante da empresa, espalhando falsidades sobre o empresário, o que gerou uma preocupação maior. O empresário, então, registrou um boletim de ocorrência (BO) de extorsão no dia 29 de outubro.
O empresário afirmou que, se o acusado tivesse realmente um problema com ele, poderia ter recorrido a um processo civil, mas como não tinha provas, tentava difamar a empresa, alegando que o dono vendia perfumes falsificados. Três dias depois, o ex-funcionário repetiu o ato, enviando outro e-mail com as mesmas acusações a outro fornecedor. A partir disso, o empresário decidiu agir com a polícia e, com o apoio da Polícia Civil, armou um flagrante.
Em um shopping de Santos, o empresário combinou de pagar parte do valor exigido pelo acusado, marcando um encontro. Quando o jovem chegou ao local e pegou o dinheiro, ainda debochou do empresário, fazendo questionamentos e provocando-o. A polícia, então, prendeu o suspeito em flagrante, encontrando R$ 7,5 mil em dinheiro com ele. O jovem confessou o crime.
O empresário acredita que, além da revolta pela demissão, o acusado tenha se motivado também por questões amorosas, já que o dono da empresa teria tido um breve envolvimento com o jovem antes de contratá-lo. O ex-funcionário mencionou até uma viagem que haviam feito juntos, em que o empresário explicou que estava começando um novo relacionamento, o que teria deixado o acusado se sentindo trocado.
Após ser liberado, o ex-funcionário continuou a perseguir o empresário, criando um grupo no WhatsApp com antigos e novos funcionários da empresa e fazendo novas denúncias falsas, como alegações de que o empresário não pagava os salários corretamente. O empresário registrou um novo BO no dia 4 de novembro, quando outro fornecedor também confirmou ter recebido as mesmas mensagens.
Preocupado com a segurança pessoal, o empresário informou que está tomando medidas para proteger sua vida e a de seus funcionários. Ele afirmou que não desistirá de sua empresa, que emprega mais de 40 pessoas, e continuará lutando por justiça. “Isso não vai ruir por conta de uma pessoa que trabalhou meros seis meses e ficou enfurecido por ter sido demitido”, concluiu.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou a prisão em flagrante do acusado no dia 1º de novembro por extorsão, e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que ele foi liberado após pagar fiança de dois salários mínimos, com a imposição de medidas cautelares, incluindo comparecimento bimestral em juízo e proibição de se ausentar da comarca sem autorização judicial.
Fonte: gazetabrasil