Sonda da NASA descobre que Mercúrio tem camada de diamantes de 16 km sob sua superfície, diz estudo


Os pesquisadores determinaram, com base em dados da sonda espacial Messenger da NASA, que Mercúrio pode conter no manto uma camada de diamantes de cerca de 16 km de espessura, informa Space.com.
A superfície do referido planeta, particularmente suas manchas escuras de grafite, um tipo de carbono, tinham deixado os cientistas intrigados por décadas. As manchas sugerem que o interior do planeta pode ter tido um oceano magmático rico em carbono, que teria formado as manchas quando o magma vazou para a superfície.
O mesmo processo geológico também teria criado um manto rico em carbono. No entanto, novos dados e uma reavaliação da massa na superfície do planeta sugerem que o manto não é feito de grafite, mas de diamantes preciosos, avança o New York Post.

“Calculamos que, dada a nova estimativa da pressão na fronteira entre manto e núcleo, e sabendo que Mercúrio é um planeta rico em carbono, o mineral de carbono que se formaria na fronteira entre o manto e o núcleo é diamante e não grafite”, explicou ao portal Olivier Namur, professor associado da Universidade KU Leuven, Bélgica.

A equipe, que publicou os resultados do estudo na revista Nature Communications, usou uma prensa de grande volume para replicar as condições abaixo da crosta de Mercúrio, com temperaturas atingindo até 3.950 graus Fahrenheit (2.176 °C).
“Acreditamos que os diamantes poderiam ter sido formados por dois processos. Primeiro é a cristalização do oceano de magma, mas este processo provavelmente contribuiu para formar apenas uma camada de diamante muito fina na interface núcleo/manto”, disse Namur. “Em segundo lugar, e mais importante, a cristalização do núcleo de metal de Mercúrio.”
Ilustração artística do exoplaneta WASP-62b localizado a 575 anos-luz da Terra - Sputnik Brasil, 1920, 01.01.2024

O núcleo de Mercúrio era completamente líquido quando o planeta se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, e cristalizou lentamente ao longo do tempo.
“O núcleo líquido antes da cristalização continha algum carbono; a cristalização, consequentemente, conduz ao enriquecimento de carbono no derretimento residual”, explicou Namur. “Em algum momento, um limiar de solubilidade é atingido, o que significa que o líquido não pode dissolver mais carbono e assim os diamantes se formam.”
O diamante, que não é tão denso quanto o metal, teria passado para o topo do núcleo de Mercúrio antes de ficar entre o núcleo e o manto, criando uma camada de diamante de 0,62 milha (0,99 km) que continuou a crescer ao longo do tempo, de acordo com Namur.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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