As baixas de mais de 2% no milho e de 1% no trigo promovem, mais uma vez, a aceleração e intensificação das baixas dos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (12). As cotações perdiam de 13,50 a 16 pontos nos principais contratos, com o maio já perdendo, inclusive, o patamar dos US$ 10,00 e operando a US$ 9,94 por bushel. O julho, ao mesmo momento, tinha US$ 10,10.
Além dos grãos, a pressão sobre a soja em grão vinha ainda de novas baixas se apresentando entre os preços do farelo e do óleo de soja na CBOT.
“Após reação positiva ao Relatório USDA ontem, onde apesar de não houver surpresas tivemos suporte da redução na estimativa de estoques finais globais de soja e que ficaram abaixo das expectativas do mercado, o mercado agora volta garantir lucros e ficar na defensiva, reflexo das incertezas geopolíticas”, informou a equipe da Cerealpar em seu reporte diário.
Os mercados ainda seguem bastante tensionados pelos desdobramentos da guerra comercial e, no caso da soja, sentindo ainda a pressão da chegada da nova safra da América do Sul. A colhieta avança bem no Brasil e as chuvas melhores na Argentina sinalizam uma conclusão de safra menos ruim do do que se previa há algumas semanas por conta da seca. Além disso, o mercado de milho e trigo sentem ainda a pressão ainda da notícia de que a Ucrânia aceitou o acordo de paz com a Rússia, mediado pelos EUA, e chega, em especial, aos preços do trigo.
Os futuros do trigo, como explica a Pátria Agronegócios, ainda conta com uma pressão adicional vinda dos dados de um recuo na produção de etanol nos Estados Unidos da ordem de quase 3%.
Fonte: noticiasagricolas