Soja fecha com mais de 1% de queda em Chicago, mas preços ainda atraem novos negócios no BR


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Os preços da soja voltaram a recuar na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (25), depois de iniciar o dia com tímidas variações. Por volta de 15h (horário de Brasília), as cotações perdiam de 7,75 a 11,75 pontos nos principais vencimentos, levando o setembro a US$ 10,24 e o novembro – referência para a nova safra americana – a US$ 10,47 por bushel. 

As baixas de quase 1% da soja em grão acompanham as perdas do óleo, com os futuros do derivado perdendo mais de 0,7% nas posições mais negociadas, levando o dezembro a 54,94 cents de dólar por libra-peso. O farelo, que chegou a trabalhar em campo positivo, voltou a ceder e passou a operar em campo negativo na tarde de hoje. 

Segundo explicam analistas e consultores de mercado da Agrinvest Commodities, a soja devolve parte dos ganhos registrados na semana anterior, e segue ainda pressionado pela ausência da demanda chinesa no mercado norte-americano.

A uma semana do início da temporada 2025/26, a nação asiática ainda não comprou nada da oleaginosa norte-americana, contra cerca de 95 barcos na virada da temporada 2023/24 para 2024/25, como explicou o analista de mercado e diretor da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta segunda-feira (25).

“O ponto nem é se a China vai comprar ou não, provavelmente mais. Mas, quando a China vai começar a comprar, este é o ponto mais importante. O tempo está passando, as compras não vêm, o embarque outubro já está com 80% coberto e aí, de repente, “morreu”, o novembro ainda está pouco. E somando o que falta até o começo de janeiro, pensando em embarques, cerca de 20 milhões. E quanto mais passa o tempo, esse volume vai ficando menor”, diz o especialista, destacando que as compras continuam concentradas aqui na América do Sul, em especial no Brasil. 

Veja a entrevista completa:

No mercado brasileiro, a semana começa também mais contida de novos negócios. Os prêmios brasileiros estão mais acomodados, sem espaço para grandes e novas altas, já tendo refletido a força da demanda chinesa pela soja nacional, ao passo em que o dólar também cedia frente ao real nesta segunda-feira (25). A moeda americana deu sequência a baixas que foram observadas na sexta. 

Os preços caíram cerca de R$ 2,00 por saca no Brasil em relação à semana anterior, como relata o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Os produtores que não aproveitaram os bons momentos de vendas das últimas três semanas estão agora tentando intensificar o ritmo. 

“Mas, os compradores começaram a diminuir a pressão. Isso dá uma sensação para o produtor e os vendedores que o quadro pode piorar. Então, temos negócios sim, mas negócios com valores um pouco menores. E tem muita gente fazendo barter de soja disponível com insumos, tem muito insumo para girar e por isso estão negociando. Teve uma queda, mas os preços ainda estão próximos dos melhores momentos do ano”, orienta Brandalizze. 

Fonte: noticiasagricolas

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