Apesar de ser um medicamento receitado comumente contra a calvície — dado confirmado, inclusive, por um estudo feito pela Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos –, o minoxidil oral não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri) para lidar com a queda de cabelos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o FDA, órgão regulatório dos Estados Unidos, também não indicam o tratamento.
O minoxidil é, em primeiro lugar, um medicamento anti-hipertensivo considerado muito potente, de acordo com o presidente da SBTri, Luciano Barsanti. Os benefícios para lidar com a calvície são considerados secundários. “É um remédio com indicações específicas. Como médico e tricologista, eu o contraindico, de forma absoluta”, afirma o especialista.
Em nota, a SBTri diz que a hipertensão é uma doença de alta prevalência na população mundial, mas nem todos os pacientes precisam tomar o remédio oral, que é usado apenas em “casos de hipertensão grave diagnosticada, quando a doença causa danos a órgãos vitais ou quando outros medicamentos não são suficientemente eficazes ou produzem muitos efeitos colaterais”.
O grupo de especialistas diz que, em caso de alopecia, a recomendação é que o paciente procure um médico tricologista para testar procedimentos não-invasivos, como eletroestimulação dos bulbos e desobstrução dos orifícios capilares, assim como uso de laser de baixo comprimento de onda para recuperação capilar.
O uso do minoxidil em versão tópica (em pomada, por exemplo), ainda é recomendado para tratar a queda de cabelos.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.