BYD e Li Auto. Essas são as duas únicas marcas chinesas que estão lucrando com a venda de carros elétricos. A informação foi dita por Song Zhiping, presidente da Associação Chinesa de Empresas Listadas durante o China Bridge Summer Summit, realizado em Pequim (China).
De acordo com o executivo, as fabricantes precisam produzir veículos elétricos e a combustão. No entanto, a maioria das grandes marcas ainda não está lucrando com modelos eletrificados. “Mas se você não fizer carros elétricos, não terá futuro. Esse é o dilema do inovador”, disse Song.
A Li Auto, por exemplo, teve uma receita anual de 123,9 bilhões de yuans (cerca de R$ 92,7 bilhões em conversão direta) em 2023, segundo o Car News China. O aumento é de 173,5% em relação a 2022. Ainda assim, o lucro líquido foi de 11,8 bilhões de yuans (ou R$ 8,8 bilhões).
Já a BYD anunciou recentemente que seu lucro líquido quase dobrou em um ano. Em 2022, a gigante chinesa teve um rendimento de 16,6 bilhões de yuans (R$ 12,4 bilhões). No ano passado, o número chegou a 30 bilhões de yuans (R$ 22,4 bilhões).
A BYD, aliás, já passou a Ford e virou a quarta marca que mais vende carros no mundo. De todas as vendas mundiais, a chinesa é dona de uma fatia de 4,8%. Isso acontece porque além de liderar as comercializações na China, a montadora ainda está exportando cada vez mais modelos, chegando ao mercado europeu, inclusive. Nos últimos 12 meses, a fabricante exportou mais de 150 mil veículos.
Para se ter uma ideia, só no Brasil, a BYD já aparece entre as 10 marcas de automóveis mais vendidas. Com 32.558 emplacamentos nos primeiros seis meses do ano, fica à frente de Caoa Chery, Ford, Citroën e Ram, por exemplo.
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Por outro lado, nem todas as fabricantes chinesas têm a mesma estratégia. Nio e a XPeng, outras duas fabricantes já consolidadas, tiveram aumento em suas receitas, mas também apresentaram perdas maiores no último ano. A última delas, por exemplo, teve prejuízo líquido de 10,4 bilhões de yuans, o equivalente a R$ 7,8 bilhões.
Isso acontece porque muitos fabricantes de automóveis chineses estão tentando ganhar participação de mercado em vez de lucrar com as vendas. Além disso, de acordo com a GlobalData, 150 marcas de automóveis estavam ativas no mercado chinês em 2023, sendo 97 chinesas e 43 joint ventures.
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Fonte: direitonews
