Snowden: apesar de década de histeria, é difícil alegar que minhas ações prejudicaram inteligência


Em uma entrevista ao jornal britânico, que marcou o décimo aniversário de suas revelações sobre a extensão da vigilância da Agência de Segurança Nacional dos EUA e seus aliados, Snowden disse que não se arrepende do que havia feito e observou desenvolvimentos positivos.

“Não tenho arrependimentos”, assegura ex-funcionário da inteligência norte-americana, rejeitando as acusações dos Estados Unidos e do Reino Unido de que as ações dele prejudicaram suas capacidades. “Perturbação? Claro, isso é plausível. Mas é difícil alegar ‘danos’ se, apesar de dez anos de histeria, o céu nunca caiu.”

Snowden alertou que a tecnologia de espionagem atual é muito avançada e intrusiva em comparação com o que as agências de inteligência estadunidenses e britânicas tinham usando em 2013.
Bandeira dos EUA sobre a Casa Branca em Washington, EUA, 28 de março de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 15.04.2023

“A tecnologia cresceu até se tornar extremamente influente. Se pensarmos no que vimos em 2013 e nas capacidades dos governos de hoje, 2013 parece uma brincadeira de criança.”
Ele expressou preocupação não apenas com os perigos apresentados pelos governos e pela grande tecnologia, mas também com as câmeras de vigilância disponíveis comercialmente, o reconhecimento facial, a inteligência artificial e o spyware intrusivo, como o Pegasus, usado contra dissidentes e jornalistas.
Edward Snowden deu início a um grande escândalo internacional em junho de 2013, quando entregou a jornalistas uma série de materiais confidenciais sobre programas de vigilância da inteligência dos EUA e seus aliados na Internet.
Ele fugiu para o aeroporto de Hong Kong e de lá para Moscou, onde passou algum tempo na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo.
Depois de ser rejeitado por vários outros países, a Rússia concedeu a Snowden asilo temporário por um ano, com a condição de que ele interrompesse suas atividades contra os Estados Unidos.
Snowden recebeu uma autorização de residência de três anos na Rússia em agosto de 2014, posteriormente recebeu uma autorização de residência permanente e depois recebeu a cidadania russa, em setembro de 2022.
Uma mulher participa de uma manifestação em apoio ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, que pode ser extraditado para os EUA em Bruxelas, 23 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.05.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

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