Sindicatos anunciam que vai ter greve em SP e paralisam transporte público


O governador do estado paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decretaram ponto facultativo em órgãos públicos da cidade, enquanto a prefeitura suspendeu o rodízio de carros.
A Câmara Municipal de São Paulo também aderiu à paralisação, suspendendo o expediente presencial. A decisão das categorias de trabalhadores, tomada na segunda-feira (27), afeta serviços essenciais como metrôs e trens, além do serviço de saneamento.
As aulas nas escolas municipais e estaduais e nas creches estão mantidas. No entanto, mais de 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista tiveram suas provas reagendadas.
Os profissionais da educação não foram incluídos no ponto facultativo, pois estarão envolvidos na preparação do Provão, marcado para quarta-feira (29).

Como vai funcionar a greve em SP amanhã?

Por determinação da Justiça do Trabalho, está estabelecido que 85% dos trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do metrô operem nos horários de pico.
Nos demais horários, a Justiça determinou 65% de operação na CPTM e 60% no metrô. Multas diárias de R$ 600 mil para os sindicatos dos ferroviários e R$ 700 mil para os metroviários estão previstas em caso de descumprimento.
Os sindicalistas afirmam que propuseram ao governo três alternativas à greve, todas negadas: suspender a tramitação do projeto de privatização da Sabesp, realizar um plebiscito para a população votar sobre o tema ou adotar a catraca livre.
A Justiça também se manifestou contrariamente à liberação de catracas, citando o alto risco de tumultos e acidentes graves nas estações.
O secretário-chefe da Casa Civil estadual, Arthur Lima, afirmou que o governo tentou o diálogo, mas os sindicatos foram irredutíveis. Ele destacou que liberar as catracas traria insegurança devido ao excesso de passageiros, suspender a tramitação do processo de privatização da Sabesp está fora de cogitação, e o plebiscito já foi realizado nas eleições.
Diante do impasse, o governo se comprometeu a acionar sindicatos que não cumprirem a frota mínima estipulada pela Justiça e a punir individualmente os funcionários que não comparecerem ao trabalho após processo administrativo.
A Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a SPTrans organizaram um esquema especial para o funcionamento dos ônibus da capital, visando minimizar o impacto da greve.
Linhas do metrô e da CPTM serão estendidas, e o transporte coletivo terá um acréscimo de veículos para atender à demanda durante o dia. O caos nas ruas é esperado, mas as autoridades buscam soluções para mitigar os transtornos causados pela paralisação.

Fonte: sputniknewsbrasil

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