Servidor pagou tratamento de R$ 70 mil de amigo acusado de executá-lo


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Via @metropoles | Manelito Lima Júnior é apontado como o principal suspeito pelo assassinato do policial penal de Goiás e empresário José Françualdo Leite Nobrega (foto em destaque), 36. Ambos tinham uma amizade de 15 anos. Segundo a família do servidor, a vítima chegou a pagar um tratamento de coluna e ainda ajudou o algoz a ter um apartamento.

“Meu irmão considerava Manelito como um irmão”, afirmou o servidor público José Fagner, 39, irmão Françualdo. O suspeito trabalhava na loja de material de construção do policial penal.

Segundo a investigação da Polícia Civil de Goiás (PCGO), conduzida pela delegacia de Águas Lindas (GO), funcionários da empresa do policial penal, incluindo Manelito, executaram o patrão para ocultar os desvios na empresa. O grupo tentou enganar a família e a equipe de investigação.

“O Manelito tinha um problema sério de coluna e o meu irmão pagou o tratamento dele. E não foi barato na época. Tinha ficado mais de R$ 70 mil”, revelou Fagner. O funcionário deveria devolver com condições diferenciadas de fácil pagamento. “Meu irmão falava que não era justo ganhar dinheiro de quem estava ao lado dele”, disse.

Françualdo ainda ajudou o amigo a ter um teto para morar. “Tanto é que tinha um apartamento que meu irmão havia praticamente dado para o Manelito. Ele tinha que pagar parcelas de R$ 100 até quitar. Meu irmão praticamente deu o apartamento”, lembrou.

Confiança cega

O policial penal confiava cegamente no funcionário. “Ele tinha o maior medo de magoar o Manelito. Quando o Manelito fazia uma coisa errada, meu irmão preferia não brigar, porque o Manelito parecia uma pessoa muito boa, era incapaz de fazer coisa errada e por maldade”, comentou.

Em novembro, antes do crime, o suspeito estava ajudando a organizar a próxima festa de aniversário do policial penal. Planejavam levar o empresário para uma churrascaria ou pizzaria. “Ele é frio. Manelito é muito frio”, desabafou.

Suspeitos presos e foragidos

O homicídio do policial penal envolveu cinco pessoas, conforme as investigações da PCGO. Três suspeitos foram presos e dois estão foragidos.

Manelito de Lima Júnior, Daniel Amorim Rosa de Oliveira e Marinalda Mendes Vieira foram presos. Deivid Amorim Rosa de Oliveira e Felipe Nascimento dos Santos estão foragidos. A investigação ainda está em andamento.

O caso

O servidor estava desaparecido desde 27 de novembro de 2023. Morador de Águas Lindas (GO), José Françualdo trabalhava no presídio de Santo Antônio do Descoberto (GO), no Entorno do Distrito Federal.

Francisco Dutra
Fonte: @metropoles

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