Brnabic lembrou, em sua conta no Twitter, que os chanceleres do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) solicitaram no comunicado de maio que as resoluções do Conselho de Segurança da ONU fossem respeitadas ao abordar “qualquer problema ou crise no mundo [Líbia, Síria, Iêmen, Somália e outros]”.
“Agora, surpreendentemente, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha declara explicitamente que a Resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU, que estipula que a Sérvia tem o direito de solicitar o retorno de certo número de suas forças de segurança ao Kosovo, deve ser ignorada porque é ‘inaceitável’”, disse Brnabic.
Ela se perguntou “com que critérios” se decide qual resolução do Conselho de Segurança da ONU deve ser respeitada e qual deve ser ignorada, afirmando que as declarações de Baerbock continham “um nível surpreendente de absurdo”.
No domingo (11), as forças especiais da Polícia do Kosovo (ROSU) invadiram e ocuparam a barragem de Gazivode, expulsando a guarda e removendo as bandeiras sérvias. Esta barragem é a principal fonte de água e armazenamento para a usina hidrelétrica da região. A maior parte do lago está localizada no município de Zubin Potok, habitado principalmente por sérvios, como outros três distritos do norte da província.
Ainda no sábado (10), os sérvios kosovares ergueram barricadas nas estradas do norte da autoproclamada república após a prisão pelas autoridades albanesas do ex-policial Dejan Pantic, suspeito de organizar atos terroristas.
O presidente sérvio Aleksandar Vucic alertou que Belgrado vai continuar a lutar oficialmente pela questão de Kosovo e Metojia por todos os meios legais. Além disso, ele insistiu que Pristina devesse formar uma comunidade sérvia, segundo o acordo de Bruxelas de 2013. Ele também prometeu enviar um pedido oficial ao comando da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o destacamento da Polícia e do Exército sérvios nesses locais, salientando que essas ações estão de acordo com a Resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU.