Aleksandar Vucic, presidente da Sérvia, reconheceu na sexta-feira (10) que em breve Belgrado poderá ser forçada a aderir às sanções contra a Rússia, devido à pressão ocidental.
“As pressões sobre a Sérvia em torno da Rússia têm sido muito fortes, mas agora serão incomparavelmente mais fortes”, previu o líder sérvio em uma entrevista à emissora sérvia Prva, sobre as exigências da União Europeia (UE) para Belgrado introduzir sanções contra a Rússia por sua operação militar especial na Ucrânia. A UE alega que um país candidato à adesão ao bloco deve seguir a política externa de Bruxelas.
“Ficaremos entre a espada e a parede em todos os sentidos”, descreveu ele.
2 de fevereiro, 12:33
Questionado sobre se Sérvia decidirá aderir às restrições, o presidente respondeu que só o faria em último caso.
“Vamos continuar assim durante o tempo que pudermos. Saberei quando chegar o momento adequado e não o esconderei das pessoas. Saberei, está chegando o momento, mas não há dúvida de que não temos nem mesmo meses à nossa disposição. Quando alguém tem gangrena, o médico escolhe amputar sua perna para salvar sua vida“, apontou o alto responsável.
Altos responsáveis sérvios têm sublinhado repetidamente que o país enfrenta uma crescente pressão do exterior no que toca ao conflito ucraniano. Até agora, Belgrado se recusou a aderir a quaisquer sanções antirrussas, defendendo que a Sérvia continuará seguindo seus próprios interesses, ao mesmo tempo em que preserva seus laços de longa data com a Rússia.
“A Sérvia não está interessada em participar dos conflitos das grandes potências, e não está interessada em diminuir a proximidade e cooperação com a Rússia e sua liderança”, disse anteriormente Aleksandar Vulin, ministro do Interior sérvio.
Fonte: sputniknewsbrasil
