Sérgio Moro: De Herói Brasileiro a Traidor da Pátria – Uma Jornada Polêmica


A trajetória de Sérgio Moro, de exaltado como “Herói Brasileiro” em um evento contra a corrupção, por seu papel crucial na Lava Jato e que um dia personificou a justiça e integridade na mente de grande parte do povo brasileiro, para depois ser rotulado como “traidor” pela direita brasileira e dito por Flávio Bolsonaro (filho de Jair Bolsonaro), revela uma reviravolta surpreendente na política nacional.

Neste artigo, exploraremos os eventos desde as manifestações no Mato grosso, em especial ao eixo do Nortão, como Sorriso, Lucas do Rio Verde e Sinop, até os recentes embates, destacando momentos-chave que moldaram essa transformação.

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A Ascensão de Moro:
A presença de um (boneco) balão inflável gigante do Super Homem, com a face de Moro e a inscrição “Herói Brasileiro”, boneco esse que esteve em vários locais do Brasil, em especial a esse da imagem abaixo de 15 metros na Avenida Blumenau em Sorriso, simbolizou a idolatria que o então Juiz Federal recebia. Este episódio coincidiu com a promoção do evento “10 medidas contra a corrupção”, em novembro de 2016 que, buscando endurecer o combate à corrupção no Brasil, organizado pelo Sindicato Rural de Sorriso. Que, contava com a palestra da juíza Selma Arruda, conhecida como “Moro de saia”, cujo mandato de Senadora anos depois foi cassado por caixa 2 e abuso de poder econômico, sinalizava os desafios enfrentados por Moro. Logo após mostravam-se vários personagens que surfaram na “onda Bolsonaro” para se promoverem e se elegerem como por exemplo, João Dória, ex-governador de São Paulo e “viravam as costas” para Jair Bolsonaro.
Voltando ao Moro, a acusação de Flávio Bolsonaro, chamando-o de “traidor” e “mentiroso”, expõe uma mudança drástica na percepção pública, alegando falta de identidade ideológica e alegadas ações contrárias ao governo.

(imagem de boneco de Sérgio Moro na Av. Blumenau em Sorriso)

Declínio:
Seu primeiro declínio ocorreu em sua saída do governo Bolsonaro, quando, de forma enigmática, deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Moro acusou o governo de uma tentativa de interferência na Polícia Federal, fortalecendo as narrativas da oposição com uma denúncia vazia, que sequer apresentou evidências e provas. Naturalmente, as pessoas deixaram de acreditar na imagem de seriedade e credibilidade, passando a questionar sua atitude como uma tentativa de politizar sua saída e fortalecer seu nome em uma futura campanha política, que de fato ocorreu, ele se tornando senador pelo Estado do Paraná.

(Imagem: Boneco do Lula e Moro em Lucas do Rio Verde)

A Polêmica Votação de Flávio Dino:
A revelação da conversa de Moro no Senado, alertando sobre seu voto em Flávio Dino para o STF, adiciona uma camada de complexidade. A recusa em declarar publicamente o voto, seguida pela ironia em relação às fotos com Dino, destaca o ambiente político volátil.

Os Bastidores e Alertas:
A troca de mensagens com “Mestrão”, onde Moro é alertado sobre a repercussão negativa nas redes sociais e a necessidade de manter o voto em segredo, revela a pressão política nos bastidores. A menção de envolvimento do PT no processo contra Moro e as denúncias contra o presidente da Alep, Ademar Traiano, oferecem um contexto mais amplo para a situação.

Pedido de Cassação:

A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu parecer, na noite desta quinta-feira (14/12), pela cassação do senador Sergio Moro (União Brasil), ex-juiz e principal expoente da “lava jato”, por abuso de poder econômico. O documento também pede mesmo destino a seu suplente, o advogado Luís Felipe Cunha. Os procuradores ainda requereram a inelegibilidade de Moro e Cunha. Eleito segundo suplente na chapa, Ricardo Augusto Guerra também deve ser cassado, segundo os procuradores, mas ter sua elegibilidade preservada.

Conclusão:
Sérgio Moro, inicialmente celebrado como herói anticorrupção, agora enfrenta uma narrativa complexa, marcada por acusações e reviravoltas. Sua trajetória de “Herói Brasileiro” a “traidor da Pátria” reflete a dinâmica volátil da política brasileira e destaca a importância de compreender os contextos em evolução por trás das aparências. Moro hoje é taxado como um dos mais odiados do Brasil, pois a esquerda e a direita o odeiam.

NORTÃO MT – Artigo do ROSSA

Fonte: nortaomt

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