Senadora russa: veredito do Tribunal Internacional é 1º passo para verdade sobre situação na Ucrânia


Após o veredito da corte internacional ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), a senadora russa de Sevastopol, Ekaterina Altabayeva, afirmou à Sputnik que a decisão é apenas o primeiro passo em direção à verdade sobre a situação na Ucrânia.
Em decisão histórica, o Tribunal Internacional não cedeu às demandas de Kiev, que pedia fundamentalmente que a Rússia fosse reconhecida como “Estado agressor” e as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (RPL e RPD) como “organizações terroristas”.
Também foi rejeitada a maioria das reivindicações da Ucrânia contra a Rússia sob a Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial na Crimeia, anunciou a presidente do tribunal, Joan Donoghue.
“Em particular, isso indica que chegará o momento em que o governo ucraniano será avaliado. Este é o primeiro passo, e a avaliação do regime ucraniano e a investigação dos crimes de certos políticos, membros de organizações terroristas, como ‘Azov’ na Ucrânia, ocorrerão. Tenho certeza de que isso acontecerá em um futuro previsível; a verdade sempre prevalece, é um caminho difícil, mas estamos percorrendo agora”, disse Altabaeva.
Além disso, a senadora enfatizou que as decisões da Corte colocaram “a Ucrânia em seu devido lugar”.
“Acredito que este é um sinal importante para a comunidade internacional; ele diz que é necessário avaliar objetivamente o que está acontecendo na Ucrânia”, acrescentou ela.

As acusações de Kiev

O processo, iniciado por Kiev em janeiro de 2017, abordou várias questões, sendo uma delas a responsabilidade da Rússia pela queda de um avião Boeing MH17. No entanto, o tribunal rejeitou essa demanda, não considerando a Rússia culpada no incidente.
Além disso, o tribunal não respaldou os argumentos da Ucrânia sobre o suposto envolvimento da Rússia e a responsabilidade das milícias de Donetsk em vários ataques, incluindo o bombardeamento do posto de controle militar de Bugas, próximo a Volnovakha, do campo de aviação militar em Kramatorsk, e das posições das Forças Armadas ucranianas em Mariupol e Avdeevka, ocorridos no período de 2014 a 2017.
No que diz respeito às acusações de financiamento do terrorismo, o tribunal indicou que a Rússia cumpriu suas obrigações de cooperação, incluindo a identificação e o bloqueio de fundos utilizados para financiar o terrorismo.

Fonte: sputniknewsbrasil

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