Secomm produz vídeo sobre processo de heteroidentificação


A  Secretaria de Comunicação e Multimeios (Secomm) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) publicou um novo vídeo explicativo sobre o processo de heteroidentificação da Universidade. O objetivo é disseminar a informação, bem como as formas e critérios da avaliação de veracidade da autodeclaração aplicado a candidatos aprovados que se declaram negros ou pardos. 

A secretária de Comunicação e Multimeios, jornalista Maria Selma Alves, conta que o vídeo foi feito a partir da demanda da Comissão de Heteroidentificação. “Eles nos procuraram solicitando alguns ajustes, mas como havia informações que não refletiam a realidade da Universidade como, por exemplo, a citação do Câmpus de Rondonópolis, hoje Universidade Federal de Rondonópolis, percebemos que seria importante fazer um novo vídeo. A partir daí construímos o material”, explica, acrescentando que o roteiro foi elaborado pela comissão e a execução realizada pelos servidores lotados na  Gerência de TV e Rádio.

De acordo com o Presidente da Comissão de Heteroidentificação, Guilherme Matheus da Silva, encarregado pelo Câmpus de Cuiabá e Várzea Grande, é responsabilidade das universidades abordarem questões como o racismo anti-negro e isso só é possível se houver a presença de homens e mulheres negros nos mais diversos espaços da instituição. 

“A discriminação, exploração e opressão racial são traços marcantes do Brasil. Infelizmente, as comunidades negra e indígena são as que mais enfrentam os desafios sociais do país. Para combater esses problemas, as universidades desempenham um papel fundamental na busca de soluções “, comenta.

Sendo um dos responsáveis pela produção audiovisual, o representante da comissão considera a relevância desses conteúdos entre a comunidade interna e externa. “Com auxílio do vídeo, podemos evidenciar para sociedade questões decorrentes de informações difundidas pelo senso comum acerca de declaração étnico-racial, visando repensar e reestruturar o ensino superior para  enfrentar o racismo de forma efetiva”, reflete o presidente da comissão. 

Além de Guilherme Matheus da Silva, participaram da elaboração do vídeo os professores Ana Luisa Alves Cordeiro; Cândida Soares da Costa; e Sérgio Pereira dos Santos; e as estudantes Lupita de Amorim Novais Silva e Valquiria da Silva Ferreira.

Heteroidentificação na UFMT

A Comissão de Heteroidentificação da UFMT realiza as verificações de forma remota desde de 2020, em razão da Covid-19. As reuniões contam com cinco membros em banca, que analisam arquivos e documentos comprobatórios de pertencimento étnico-racial  enviados pelos candidatos e elaboram o parecer. Vale ressaltar que cabe recurso à decisão da comissão.

Sobre a importância de uma comissão como essa dentro do ambiente acadêmico, Guilherme Matheus da Silva considera que o trabalho desempenhado é uma ponte com a sociedade, assim como um meio de propagar informação sobre a causa.

“Ao divulgar a existência da Comissão de Heteroidentificação, a sociedade pode compreender melhor como funciona o processo de avaliação e a importância de garantir que os benefícios das políticas de cotas sejam destinados aos grupos que realmente precisam deles. Isso ajuda a promover a igualdade de oportunidades e a valorização da diversidade étnico-racial na educação e na sociedade como um todo”, finaliza. 

Para assistir ao vídeo, basta clicar no link: Como funciona a heteroidentificação na UFMT

Fonte: ufmt

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