‘Se a hipocrisia tivesse um nome, ela se chamaria UE’, diz eurodeputada sobre relações com a Líbia


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A Europa ajudou as forças da OTAN “transformar a Líbia em um inferno” e abandonou o país, acusou na quinta-feira (22) uma deputada irlandesa do Parlamento Europeu.
Clare Daly fez as declarações em uma reunião no Parlamento Europeu.
“[…] A Líbia parece sempre estar esquecida. Não consigo recordar qualquer urgência ou resolução aqui desde que comecei confrontando diretamente o fato de que a Líbia é agora um inferno na Terra para as pessoas que vivem lá ou estão presas lá”, comentou Daly.
“E dada a responsabilidade direta de vários países europeus para a operação da OTAN que destruiu a Líbia, isso devia sempre estar no topo da nossa agenda“, de acordo com ela.
Forças leais e Fathi Bashagha participam de demonstração militar na Líbia, em Augusto de 2022. (Foto de Arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 27.08.2022

Para a eurodeputada, a União Europeia (UE) tem colaborado em “atos de assassinato, tortura, prisão, violação, desaparecimentos forçados, perpetrados nas prisões líbias”, e por isso devia colaborar mais para resolver os problemas da Líbia.
“Mas, claro, a realidade é que a UE quer olhar para outro lado. Estamos em todos os crimes contra a humanidade quando são realizados por países fora da UE, mas não queremos ter nada a ver com os que causamos, financiamos, apoiamos, aprovamos. Se a hipocrisia tivesse um nome, ela se chamaria UE.”
A Líbia tem estado envolvida em uma guerra civil desde 2011, após uma intervenção militar da OTAN contra o líder Muammar Gaddafi, que levou ao seu assassinato por grupos rebeldes. Como resultado, o país passou a ser governado por grupos rivais, com o comandante militar Khalifa Haftar administrando do leste, enquanto a da ONU é dirigida da capital Tripoli.
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