Sanções dos EUA contra mídia russa revelam medo, insegurança do império moribundo, diz especialista


Ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA e oficial aposentado da CIA Larry Johnson falou com a Sputnik sobre as novas sanções contra a mídia russa anunciadas pelo secretário de Estado Antony Blinken nesta sexta-feira (13).

“A liberdade de expressão nos EUA está sob ataque”, disse Johnson assim que o governo Biden anunciou as mais recentes medidas punitivas contra Rossiya Segodnya, a empresa-mãe do RT e da Sputnik. “Estou esperando para ver se eles vão me punir, por exemplo, por ousar aparecer no RT e apresentar comentários. Não sou remunerado por isso de forma alguma.”

Scott Ritter, especialista militar dos EUA, em uma coletiva de imprensa no Centro Internacional de Coletiva de Imprensa da Rossiya Segodnya, em Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 13.09.2024

“Isso realmente está separado da realidade”, continuou ele, questionando a influência da rede de TV patrocinada pela Rússia que cessou suas operações nos Estados Unidos em 2022. Outros observadores, como a ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA Karen Kwiatkowski, sugeriram que a decisão é destinada a aumentar a histeria da Russiagate até as eleições de novembro.
“Eles esperam fazer um maior inimigo da Rússia […] para que eles possam apontar o dedo para seu oponente, que é Donald Trump, e dizer que a Rússia o quer”, disse Kwiatkowski em uma entrevista à Sputnik.

“Nunca durante o auge da Guerra Fria os Estados Unidos tomaram medidas tão drásticas em relação a entidades como Pravda e TASS”, afirmou o ex-agente da CIA, referindo-se às duas famosas agências de notícias que operavam a partir da União Soviética. “Naquela época os EUA tinham confiança suficiente em seu próprio poder de liberdade pessoal que eles não precisavam se preocupar [com isso], eles não eram tão inseguros. O que isto reflete é apenas […] mais um sintoma de um império moribundo, quando eles têm que sair e atacar os outros.”

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Fonte: sputniknewsbrasil

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