De acordo com o estabelecido por lei, a função do salário mínimo é suprir as necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Assim, entende-se que a quantia deveria ser capaz de bancar os gastos com alimentação, moradia, transporte, higiene e vestuário.
No entanto, na realidade, as coisas não funcionam da maneira como estão previstas na lei, tendo em vista que com o salário mínimo atual, de R$ 1.302, já é difícil custear uma vida sozinho, quem dirá suprir as necessidades do trabalhador e da família.
E isso tendo em vista que o piso salarial já passou por um reajuste, em janeiro deste ano, já que no ano passado era no valor de R$ 1.212. Mesmo assim, o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já confirmou que será feito outro aumento ainda em 2023.
Inclusive, o aumento real do salário mínimo – ou seja, quando a porcentagem da correção é maior do que a inflação do mesmo período – era uma das promessas de campanha feitas pelo petista durante a corrida presidencial do ano passado.
Após eleito, ainda durante o governo de transição, a equipe do atual presidente verificou que o aumento do salário mínimo para o valor pretendido custaria R$ 6,8 bilhões aos cofres públicos, o que viabilizaria a majoração.
Acontece que, após assumir a presidência, a equipe notou os gastos com a Previdência Social, que haviam aumentado, de modo que o valor necessário para oferecer R$ 1.320 como salário mínimo acarretaria uma despesa de R$ 7,7 bilhões.
Agora, ao que tudo indica, o piso salarial deve realmente ser reajustado para R$ 1.320, um aumento de R$ 18 em relação ao valor atual, no dia 1º de maio.
Nas palavras de Lula:
“É um compromisso meu com o povo brasileiro. Nós vamos acertar com o movimento sindical, está combinado com o Ministério do Trabalho e com o ministro Haddad (Fazenda) que a gente vai, em maio, reajustar para R$ 1.320 e estabelecer uma nova regra para o salário mínimo, que a gente já tinha no meu primeiro mandato”.
A regra mencionada pelo presidente deve se tratar de uma política de valorização do salário mínimo, proporcionando um reajuste anual que ofereça aumento real, não meramente acompanhando a inflação.
Fonte: capitalist
