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O próximo Papa será escolhido pelo Colégio de Cardeais, as figuras mais altas da Igreja Católica, que são nomeadas pelo pontífice. Nos próximos dias, os cardeais se deslocarão para Roma para participar do conclave, um processo que acontece de forma fechada, como indica o nome, originado do latim cum clave, que significa “com chave”. O conclave poderá começar entre os dias 5 e 10 de maio de 2025, conforme a normativa do Vaticano.
Com o funeral marcado para o dia 26 de abril, os Novediais, período de luto e oração, terminarão em 4 de maio, e o conclave começará logo após esse período, conforme as regras estabelecidas pela Igreja.
Há mais de 250 cardeais de mais de 90 países, mas apenas cerca de 135 são cardeais eleitores (aqueles com menos de 80 anos). Aproximadamente 110 desses cardeais foram nomeados pelo Papa Francisco nos últimos 10 anos, refletindo sua visão de uma Igreja mais inclusiva.
Os cardeais irão se hospedar na Casa Santa Marta, construída especialmente para o conclave, próxima à Capela Sistina, onde o Papa Francisco vive nos últimos 12 anos. O conclave, considerado uma “instituição antiga”, mantém sua estrutura confirmada pelo Papa João Paulo II, que determinou que toda a eleição fosse realizada exclusivamente na Capela Sistina.
No dia 29 de abril, o processo de eleição será precedido por uma celebração eucarística solene com a Missa Pro Eligendo Papa. Na tarde desse dia, os cardeais iniciarão o conclave em uma procissão até a Capela Sistina, onde se comprometerão com um juramento de sigilo absoluto sobre todo o processo eleitoral.
O conclave seguirá medidas rigorosas para garantir que o processo seja livre de influências externas. Durante a eleição, os cardeais não terão permissão para manter contato com o exterior, sendo que seus celulares serão retirados e qualquer forma de comunicação, como cartas, jornais ou transmissões de rádio e TV, será proibida.
As mudanças importantes introduzidas pela Constituição Universi Dominici Gregis incluem a proibição de votos por aclamação ou inspiração, exigindo uma votação secreta. A eleição exige uma maioria qualificada de dois terços dos votos dos cardeais eleitores presentes.
Caso o consenso não seja alcançado após três dias de votações infrutíferas, será concedido um período de pausa para oração e discussão, com o processo sendo retomado até que um novo Papa seja escolhido. Quando o eleito consentir, o nome do novo Papa será anunciado ao público com a famosa frase “Habemus Papam”, seguida da bênção apostólica “Urbi et Orbi” do novo pontífice.
Fonte: gazetabrasil
