“Para o Brasil, é importante ter canais de financiamento multilateral, já que a economia brasileira tem uma taxa de poupança baixa e precisa absorver a poupança externa para tocar alguns projetos mais estruturantes”, disse o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE) e sócio da BRCG, Livio Ribeiro, à Sputnik Brasil.
“A nossa expectativa desde o início da gestão é a de uma ampliação dos projetos de interesse do Brasil na carteira do banco”, disse Vieira, ao comentar a presidência de Dilma Rousseff no Banco do BRICS.
“O fato de um brasileiro ou brasileira estar sentado na presidência do banco não significa em princípio absolutamente nada na predisposição de financiamento à economia doméstica”, alertou o economista.
“Em termos geopolíticos é importante que a posição brasileira no banco seja reforçada com a presidente Dilma Rousseff, mas não vamos nos enganar: o banco […] é parte de uma estratégia chinesa para constituir um sistema multilateral de financiamento paralelo àquele […] com sede em Washington e nas grandes praças financeiras da Europa”, acredita o especialista.
“O Banco do BRICS também tem vocação para áreas mais modernas, como a indústria 4.0, a questão ambiental e grandes obras de infraestruturas ligadas a ferrovias”, declarou Ribeiro.
Fonte: sputniknewsbrasil