Russo destrói Lamborghini e Porsche com as mãos para mostrar fragilidade dos carros de luxo


Quem tem carro sabe que qualquer risquinho dá um aperto no peito. Agora imagine pegar uma chave de fenda e riscar o seu BMW, ou destruir um Porsche Cayenne e um Lamborghini Urus dando socos. Pois é, um russo está viralizando nas redes sociais por fazer exatamente isso: destruir carros de luxo com as próprias mãos tentando mostrar a fragilidade deles.

Mas será que carros atuais são mais inseguros por isso? Primeiro vamos conhecer o “trabalho” do russo.

Yury Pashchenko começa a bater nos carros e repetir com tom de deboche o nome do modelo, deixando a entender que os veículos são frágeis e basta um pouco de força que eles já quebram.

No Lamborghini Urus, o russo começa batendo nos faróis e depois no capô. Em seguida, arranca a caixa de roda e quebra todo o interior. O SUV italiano na Europa custa em média 230 mil euros, ou R$ 1,2 milhão na conversão atual entre as moedas.

Pashchenko também tem uma foto de outro Urus totalmente destruído ao lado de outro usuário do Instagram famoso por destruir carros, chamado Mikhail Litvin. Aparentemente, eles jogaram algum objeto bem grande de um guindaste em cima do esportivo que ficou irreconhecível, com exceção da dianteira.

O carro que fica em estado mais deplorável é um Porsche Cayenne, principalmente no interior, em que ele rasga até os bancos. Porém, fica nítido que o russo já desencaixou algumas peças, como no caso dos faróis, que são puxados com muita facilidade e não estão com os chicotes instalados.

Quando esses vídeos começaram a circular nas redes sociais em páginas brasileiras, vários comentários surgiram: “ah, esses carros novos são muito frágeis, desmontam fácil, quero ver fazer isso no Fusca, no Opala, ou em qualquer carro antigo“.

Na verdade, esse tipo de comentário é justamente o contrário: carros novos são muito mais seguros e feitos com a chamada deformação programada dentro da engenharia. A maior resistência da “lata” não é o que torna um veículo mais seguro ou reforçado. Aliás, não faltam testes comprovando que projetos antigos carecem de segurança, sobretudo da década de 1980 para trás.

O que é deformação programada?

Carros modernos deformam de forma pré-programada. Os fabricantes fazem marcações na estrutura para que o metal seja deformado de forma prevista. Sendo assim, é possível calcular a quantidade de energia absorvida e transferir a força do impacto para regiões mais reforçadas do monobloco.

“Isso reduz as elevadas desacelerações repentinas no corpo, que é de extremo perigo. Ela acontece quando há uma interrupção súbita de um movimento, mas os órgãos internos mantém a velocidade, causando danos fatais” explica Roberto Bortolussi, engenheiro mecânico e coordenador do curso de Engenharia Mecânica da FEI.

Os testes de impacto promovidos pela indústria automobilística ao longo das décadas mostraram que as antigas carrocerias extremamente rígidas trazia mais danos aos passageiros, pois não eram capaz de dissipar a energia do impacto.

“Comparar o nível de segurança dos veículos atuais com os antigos é absurdo. Atualmente os carros são muito mais resistentes e ajudam a dissipar a energia de uma colisão, reduzindo os efeitos transmitidos para os ocupantes. Antes a energia toda era conduzida para a cabine, levando muito mais perigo aos passageiros”, aponta Bortolussi.

Outra diferença é que os veículos modernos são compostos por vários tipos de aço na estrutura, com resistências distintas, dependendo da região em que são aplicados.

Certamente o russo terá mais dificuldade para destruir um carro antigo com as mãos. Porém, em possível acidente, a deformação do carro pode salvar sua vida.

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Fonte: direitonews

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