“Penso que a situação militar e política na Ucrânia atingiu um ponto de virada importante. Parece que algumas unidades das [forças ucranianas] estão sendo retiradas cessando os combates prolongados. Penso que as restantes as seguirão. Se não o fizerem, as Forças Armadas russas, provavelmente em uma questão de dias e não de semanas, vão devastá-las”, observou o político.
De acordo com Galloway, somente negociações podem salvar a Ucrânia da derrota. Segundo ele, o principal obstáculo para uma solução diplomática do conflito é a “entrada” da OTAN no território da Ucrânia.
“A Ucrânia nunca aderiu à OTAN, mas a OTAN aderiu a ela. A OTAN estava em toda parte na Ucrânia, embora a Ucrânia não fosse membro. Isso é algo que terá de ser tratado em um acordo diplomático. Portanto, a condição prévia não é apenas que a Ucrânia nunca se candidate para se juntar à OTAN. É que a OTAN nunca esteja na Ucrânia, nem suas armas, nem seu pessoal, nem sua visão geoestratégica do mundo. A Ucrânia teria de ser um Estado verdadeiramente neutro”, explicou Galloway.
Por fim, ele disse que não seria fácil de imaginar isso agora. Entre outras coisas, o Ocidente lhes deu centenas de bilhões de dólares e não vai simplesmente desistir desse investimento.
Fonte: sputniknewsbrasil