O chanceler russo, Sergei Lavrov, ao comentar uma série de questões para jornalistas à margem do 31º Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), afirmou que os países ocidentais e todos os chefes e instituições que se dizem comprometidos com os direitos humanos, permanecem em silêncio sobre as ações de Kiev.
Para Lavrov, o Ocidente continua tapando olhos e ouvidos para os crimes e a russofobia perpetuada por Kiev ao longo dos últimos anos. Ele trouxe à baila a complexidade da crise ao lembrar que “desde 2017, Kiev aprovou uma série de leis exterminando a língua russa em todas as esferas: na educação, na mídia, na cultura e nas artes”.
Quando questionado se a Rússia tinha planos para continuar os ataques em território ucraniano ou intensificar os confrontos, Lavrov afirmou que foram os EUA que atacaram a Rússia com as mãos da Ucrânia.
“Não queremos atacar ninguém. Agora os EUA nos atacaram com as mãos do regime ucraniano: eles estão travando uma guerra contra nós com as forças dos neonazistas ucranianos, armando-os, ajudando-os a bombardear nosso território com armas de longo alcance e participando diretamente da preparação de tal bombardeio. Essa não é nossa escolha”, disse Lavrov a repórteres após a reunião dos ministros das Relações Exteriores da OSCE.
O chanceler afirmou ainda que Moscou pretende promover o conceito de segurança eurasiana entre os Estados ocidentais interessados em cooperação, lembrando mais uma vez que a Rússia segue disponível para restabelecer laços com todos os países interessados, mas que “fantasias” sobre enviar tropas estrangeiras para a Ucrânia só pioram a situação atual e seus iniciadores estão ignorando os avisos do presidente russo, Vladimir Putin.
“Eu acredito que todas essas fantasias, elas só agravam a situação e mostram que as figuras que estão brincando com tais ideias teimosamente preferem negligenciar os avisos muito claros que o presidente [Vladimir] Putin repetidamente fez publicamente“, disse Lavrov.
Fonte: sputniknewsbrasil