Rússia não entende qual parte das Colinas de Golã Israel considera sua, diz enviado russo na ONU


“Ouvimos mensagens conflitantes vindas de Israel. […]O embaixador israelense enviou uma carta dizendo que essas são decisões temporárias, dado o vácuo que ocorreu lá. E então [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu na entrevista coletiva apontou as Colinas de Golã como parte integral de Israel. Mas agora não sabemos qual parte das Colinas de Golã ele considera parte integral de Israel, com elas violando a zona tampão”, disse Nebenzia aos repórteres.

No domingo (8), Netanyahu disse que o acordo alcançado logo após a Guerra do Yom Kippur de 1973 (também conhecida como Guerra do Ramadã) não era mais válido porque as forças sírias haviam deixado suas posições. Netanyahu ordenou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) assumissem “temporariamente” uma zona tampão nas Colinas de Golã.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) estava “mais ou menos” unido sobre a necessidade de preservar a integridade territorial da Síria e garantir a segurança dos civis, bem como o fluxo de ajuda humanitária para os necessitados, disse Vasily Nebenzia.

“E o Conselho, eu acho, estava mais ou menos unido sobre a necessidade de preservar a integridade territorial e a unidade da Síria, para garantir a proteção dos civis, para garantir que a ajuda humanitária esteja chegando à população necessitada“, disse Nebenzia aos repórteres, acrescentando que as consultas do CSNU sobre a Síria foram positivas.

Ele também observou que todos, incluindo os membros do Conselho, ficaram surpresos com os eventos na Síria. Ao mesmo tempo, Nebenzia disse que é necessário esperar, observar e avaliar como a situação no país se desenvolverá.
Soldados israelenses preparam seus tanques Merkava para ação nas Colinas de Golã, na fronteira entre Israel e Síria, enquanto região vive tensões após confrontos - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2024

O CSNU discutiu a necessidade de criar um documento sobre a situação na Síria, e sua publicação pode ocorrer nos próximos dias, disse Nebenzia.

“Estávamos falando sobre a necessidade de elaborar um documento pelo Conselho, não hoje. Quero dizer, ninguém estava pronto para isso hoje, mas acho que nos próximos dias, espero que mais cedo ou mais tarde, veremos um”, disse Nebenzia aos repórteres.

Grupos armados de oposição sírios dominaram Damasco no domingo (8). O primeiro-ministro sírio Mohammad Ghazi al-Jalali disse que ele e outros 18 ministros decidiram permanecer na capital. Al-Jalali também disse que estava em contato com os líderes de grupos militantes que entraram na cidade. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que o presidente sírio Bashar al-Assad renunciou e deixou a Síria após negociações com alguns participantes do conflito sírio.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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