BRICS terá novos membros, mas em outras circunstâncias
“Cuba está precisando demais. A gente viu agora, inclusive nesta semana, todo o drama de mais um apagão no país”, ressalta.
“Com esses novos países, o PIB do BRICS passaria para cerca de 43% do PIB global”, ou seja, “o BRICS se aproximaria de quase metade do PIB global”.
“O presidente [Vladimir] Putin fez esse comentário uns meses atrás. Ele disse: ‘Olha, nós produzimos a maior parte dos grãos do planeta, e quem define o preço é a Bolsa de Chicago. Isso não faz sentido! A gente precisa criar um mecanismo nosso para que os nossos países produtores tenham mais influência na formação dos preços do mercado mundial de grãos, garantindo também uma estabilidade maior, inclusive acordos que possam ser feitos no interior do BRICS'”, aponta Fernandes.
“A Turquia é considerada uma potência regional, tanto em termos políticos, quanto em termos econômicos, quanto em termos militares”, ressalta.
“A Nigéria é a maior economia da África. É um dos grandes exportadores de petróleo dos mercados de energia. A gente observa que nessa expansão recente, grandes exportadores passaram a fazer parte da organização. A Nigéria teria também a contribuir nesse sentido, para além do fato de que é um ator importante nas relações Sul-Sul”, avalia.
Participação do Brasil na cúpula
“Lula aproveitou o seu discurso para enaltecer as agendas que o Brasil está tentando promover no âmbito do G20, como a taxação dos super ricos, a aliança global contra a fome e a pobreza. Nesse sentido, o Lula tem defendido o maior fortalecimento do Sul global”, analisa.
Primeiro: “O princípio maior da diplomacia brasileira é a não interferência nos assuntos internos de outros países. O Brasil não é fiscal de eleição de outros países. O TSE brasileiro não atua para além das fronteiras brasileiras. Então o Brasil não poderia se contrapor ao resultado da eleição oficial do governo da Venezuela”, explica.
Fonte: sputniknewsbrasil