Lavrov comentou a relação com os países da OTAN e da UE após reunir-se com o ministro das Relações Exteriores de Belarus, Sergei Aleinik, em Minsk.
“Espero que eles caiam em si. Faremos de tudo para que nossos colegas da OTAN e da União Europeia recuperem a sanidade o mais rápido possível”, disse Lavrov.
Lavrov também descreveu seus colegas ocidentais como pessoas “presunçosas”, que colocam “suas ambições políticas insaciáveis, suas tentativas de incorporar sua ideia de superioridade, seus sonhos e ilusões coloniais e neocoloniais acima dos interesses de seus próprios povos”.
“Na minha opinião, a Europa — pelo menos os responsáveis políticos de alguns países europeus — começa a perceber que é usada; que, em geral, estão submetidos a uma desindustrialização, que estão sendo deliberadamente enfraquecidos, de modo que nem sequer pensam em tentar se tornar um jogador independente”, sublinhou o ministro russo.
O chefe da diplomacia russa expressou sua convicção de que essa situação mudará mais cedo ou mais tarde e “nos países europeus, os políticos que partem dos interesses de seus povos chegarão ao poder”.
“Compartilhamos a esperança dos nossos amigos belarussos de que um dia a estagnação da política levada a cabo pelos políticos ocidentais no continente europeu se torne evidente. Temos essa esperança, […] embora até agora, do lado da barricada construída pelos ex-parceiros ocidentais, não tenhamos visto nenhum sinal de sanidade”, disse ele.
Relações entre a Rússia e a América Latina estão em ascensão
Em entrevista coletiva realizada na quarta-feira (18), Sergei Lavrov afirmou que os EUA tentam minar o desenvolvimento do Brasil e de outros países do chamado Sul Global. O chefe da diplomacia russa celebrou o fato de que as relações da Rússia com países da América Latina estão em ascensão.
Especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil apontam que a Rússia passou a se direcionar para outros centros de poder nos últimos anos e a América Latina é um dos focos em uma ordem mundial “policêntrica”.
“Uma vez que há uma nova ordem mundial policêntrica, há alternativa para todos os países do sistema internacional. Não só para a Ásia ou para os países da Eurásia, para esse eixo de atuação direta da Rússia e da China mais forte, como também para os países do Sul Global, como África e América Latina”, apontou Pedro Costa Júnior, professor de relações internacionais das Faculdades de Campinas (Facamp) e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: sputniknewsbrasil