Lula quer ‘levar o Brasil de volta ao cenário internacional’
“Essa ambição deve ser definitivamente apoiada pela Rússia, sem dúvida. Trabalhamos de perto com o BRICS nos anos anteriores. É importante lembrar que o Sr. Lula, pessoalmente, foi o líder nacional que mais ou menos iniciou esse formato no início e, pelo que entendi, ele continua acreditando no BRICS e deseja fazer mais para fortalecer seu potencial”, afirma o senador em entrevista à Sputnik Brasil.
‘Espero que Lula fortaleça o BRICS’
“Espero que quando o Sr. Lula, como um dos cinco presidentes, estiver de volta ao BRICS, fortaleça definitivamente toda a construção e provavelmente lhe dê um segundo fôlego. E, com isso, definitivamente servir o mundo inteiro”, aponta.
Brasil e Rússia apoiam mundo multipolar
“O mundo unipolar está bem institucionalizado. O mundo multipolar não é institucionalizado de forma alguma. Sim, temos o direito internacional. Sim, temos a Carta das Nações Unidas, que deve ser mantida tanto quanto possível, mas precisamos desenvolver formatos internacionais, instituições”, aponta o senador.
Brasil e o conflito ucraniano
“Vemos que o presidente eleito está muito preocupado com o conflito em curso na Ucrânia. O que eu acredito ser uma abordagem muito sábia na qual ele não toma partido, mas quer contribuir para uma solução pacífica e é isso que a Rússia quer, a Rússia quer ver uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia o mais rápido possível”, aponta.
“Se o Brasil puder contribuir com alguma mudança nessa abordagem para que a Ucrânia não fique mais bloqueada em qualquer tentativa de solução pacífica e de negociação, tudo bem. Esse tipo de contribuição será sempre aceita pelo meu país e acredito que será vista com gratidão pela comunidade internacional”, diz.
Caminhos para a cooperação econômica entre Brasil e Rússia
“Acho que existem dois mecanismos principais que podem contribuir para resolver essa tarefa. Um deles é o Conselho Empresarial existente que trabalha bastante ativamente e inclui em ambos os lados pessoas de grandes empresas, empresas que estão envolvidas em nossa cooperação bilateral. E o que é igualmente importante, existe outro mecanismo, a chamada Comissão de Alto Nível de Cooperação”, diz Kosachev, acrescentando que essa comissão não se reúne desde 2015, mas pode ser reativada.
Fonte: sputniknewsbrasil