A Rosatom oferece ao mercado mundial a usina nuclear flutuante PEB-100 com dois reatores RITM-200M e capacidade total de 100 megawatts. Os PEB-100 foram projetados para uma vida útil de 60 anos.
Para o mercado nacional, a corporação apresentou as usinas nucleares flutuantes PEB-106 e PEB-180, com capacidade de geração de 106 e 180 megawatts, respectivamente, e vida útil de 40 anos.
As usinas nucleares flutuantes constituem uma das principais linhas de trabalho da Rosatom no campo da energia nuclear de baixa potência. Em 2019, a Rosatom construiu a primeira usina nuclear flutuante do mundo, denominada Akademik Lomonosov, que atualmente fornece eletricidade à cidade russa de Pevek, localizada no Círculo Polar Ártico. A empresa iniciou a construção de uma segunda unidade em agosto de 2022 e tem mais três em andamento.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, descreveu como muito importante o papel da empresa russa Rosatom em vários projetos internacionais de energia nuclear.
Falando por videoconferência na sessão de abertura do fórum Atomexpo 2024, Grossi destacou que se trata de “um evento muito importante no calendário internacional de eventos de relevância global relacionados com a energia nuclear”, e que a sua nova edição assume grande significado agora que o mundo inteiro busca alternativas e soluções inovadoras na área energética para enfrentar o desafio do aquecimento global.
“Tenho de reconhecer o papel muito importante que a Rosatom está desempenhando, não só na Federação da Rússia, mas também a nível internacional, através de uma série de projetos bem conhecidos e extremamente bem-sucedidos, com os quais tive a oportunidade de me familiarizar durante minhas visitas. Neste contexto [os projetos na] Turquia, Egito, Bangladesh vêm à mente, tantas conquistas pelas quais gostaria de parabenizá-los novamente”, disse Grossi.
Por sua vez, o diretor-geral da Rosatom, Aleksei Likhachev, alertou que a atual politização da indústria global de energia nuclear pode implicar riscos de um acidente nuclear.
“As tentativas de dividir a energia nuclear em ‘má’ e ‘boa’, ‘certa’ e ‘errada’ só trará danos […]. E o que é mais importante, prejudicará a segurança”, declarou Aleksei Likhachev, presidente da Rosatom.
O responsável da Rosatom sublinhou que enquanto “a lealdade política e as cores da bandeira prevalecerem sobre o profissionalismo na escolha dos fornecedores de tecnologia nuclear, este será o caminho para um futuro acidente“.
Segundo os organizadores, representantes de 75 países vão participar da 13ª edição do fórum Atomexpo, que será realizado nos dias 25 e 26 de março no território federal de Sirius, na costa russa do mar Negro.
Atomexpo é um dos maiores fóruns internacionais na área de energia nuclear pacífica, realizado na Rússia a cada dois anos. Delegações de mais de 50 países participaram da edição anterior de 2022.
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Fonte: sputniknewsbrasil